As
pesquisas eleitorais, por natureza, já nascem suspeitas, por mais sérias que
sejam. Para evitar suspeições, é preciso apresentar um resultado livre de
qualquer questionamento. Não foi o caso da Consult, publicada neste domingo no
Jornal Correio da Paraíba.
Eleitores
mais atentos da edição deste domingo do Correio estranharam números da pesquisa
Consult referentes à rejeição dos candidatos que vão disputar as eleições deste
ano na Capital.
Simplesmente
porque perceberam, sem precisar de calculadora, que a soma dos percentuais da
pesquisa sobre a rejeição dos candidatos chega a 136,1%. A “sobra”, segundo
alguns eleitores, já havia sido identificada na pesquisa publicada sobre
Campina Grande.
O
Instituto, de pronto, dirá que é porque as respostas foram múltiplas, já que o
questionário registrado na Justiça eleitoral oferecia espaço para três e não
apenas uma opção.
O
problema é que o leitor do jornal não teve acesso a essa informação. Aliás,
segundo o próprio Jornal Correio, fica claro que a Consult, ao levantar a
rejeição dos candidatos, perguntou no singular em “qual” dos candidatos citados
não votaria, o que supõe apenas um nome. E não em “quais”, que permitiria mais
de uma opção.
Está
lá na edição do Correio. A pergunta no singular e a resposta no plural. Pequena
ausência de informação que confunde quem já não confia muito nos institutos.
Assim,
por mais que se esforce, fica difícil dar 100% de credibilidade às pesquisas
eleitorais. Imagine 136%?!
Fonte: Blog de Luís
Tôrres
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