Militares fizeram homenagens às vítimas do terremoto.
Militares prestam homenagem ao soldado Kleber da Silva Santos, morto no Haiti. (Foto: Luciana Bonadio/G1)
O sepultamento do cabo aconteceu por volta das 12h30. O do soldado ocorreu por volta das 14h15. Muito emocionados, militares do batalhão choravam abraçados uns aos outros. “O batalhão se encontra carregado de uma carga emocional muito grande. São militares que passaram por treinamento juntos, então é difícil separar o profissional do pessoal”, afirmou o tenente-coronel Sérgio Jurandir Souto Campanaro, comandante do batalhão.
Para o tenente-coronel, os dois mortos em missão de paz são “exemplos”. “Eles são exemplos que dão estímulo para os que permanecem cumprindo a missão”, diz o comandante. Os dois foram promovidos para o posto de 3º sargento. “Todo o militar que falece em serviço é promovido. É uma forma de tentar minimizar a dor da família.”
O coronel Júlio César Costa e Silva, da 1ª Brigada de Artilharia Antiaérea do Guarujá disse que os dois são “heróis”. “Só tenho a dizer que esses homens são heróis, mas o Exército é assim, temos que estar preparados para isso. Todos nós, quando vamos a uma operação, sabemos do risco que corremos”, afirmou. Ele afirmou que as famílias estão recebendo assistência tanto do governo federal quanto dos quartéis.
Tristeza das famílias
Os irmãos e a noiva do cabo Ari Dirceu Fernandes Júnior afirmaram que a vítima foi um herói. Os três conversaram com a imprensa depois do sepultamento do militar. “Ele fez o serviço dele, é um herói para nossa família, para São Vicente e para o país”, afirmou Gustavo Fernandes, de 21 anos, um dos irmãos do cabo.
Três dos irmãos de Ari vieram de Barcelona, na Espanha, onde moram, para a despedida do militar. “Ele era tudo com tão pouca idade. Um exemplo de um herói. Meu irmão era amigo, companheiro, responsável”, disse Daniel Fernandes, de 28 anos, outro irmão da vítima.
Soldado Kleber da Silva Santos é enterrado no litoral. (Foto: Luciana Bonadio/G1)
Namorados havia 3 anos, ela conta que os dois pensavam em morar juntos em breve e que esperavam o retorno para conversarem sobre o assunto. “Ele amava muito a vida, era muito feliz no que fazia, amava o Brasil. Ele vivia cada segundo com muita intensidade, viajou muito, curtiu muito a vida dele”. O cabo tinha uma filha de três anos de um relacionamento com outra mulher.
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