Perseguição da polícia a moto-taxista com passageiro por pouco não acaba em tragédia em Cabedelo

Quem passava no final da tarde desta quinta-feira (21), pelo centro da cidade, teve a impressão de estar assistindo a gravação de um filme de perseguição policial digno de Hollywood. Assustados, apenas observavam a perseguição de policiais e uma moto que realiza serviços de moto-taxi com uma passageira, em estado visivelmente nervosa.
Depois de suspeitar de um moto-taxista, policiais da CPTran pediram para que o mesmo parasse. Ao receber sinal para que parasse no centro, tentou fugir por várias ruas na contramão, desrespeitou sinais de trânsito e por várias vezes colocou sua vida e de seu passageiro em perigo. A perseguição por pouco não acabou em tragédia.
Como este não atendeu, os policiais entraram em perseguição que teve inicio no centro da cidade e só parou na praia de Ponta de Matos.
Uma passageira que estava na moto entrou em estado de choque e quase perdeu a vida depois que a moto entrou em um bar localizado na orla. Depois de caírem, o moto-taxista já identificado pela polícia fugiu do local correndo e por pouco não foi atingido por tiros disparados por policiais.
Segundo informações de pessoas que presenciaram o acidente e reconheceram o motoqueiro, trata-se de um parente de um enfermeira aposentada muito conhecida na cidade, incentivadora das quadrilhas juninas na cidade. A reportagem está neste momento confirmando a informação e por isso, prefere não revelar o nome do acusado de estar pilotando a moto.
A moto, uma Honda de cor vermelha e placa MOM 8055, foi apreendida pela polícia e a passageira foi levada pelos policiais para prestar esclarecimentos.
Dias atrás, o Soltando O Verbo fez uma matéria alertando os moradores de Cabedelo sobre o perigo que paira sobre motos-taxistas. Pessoas vem arriscando a vida sem que nenhuma autoridade tome as providências. O próprio presidente do Sindicato dos Motos-taxistas de Cabedelo confirmou que muitos deles não tem sequer habilitação e ainda servem ao tráfico de drogas, mas parece que as autoridades da cidade ainda não acordaram para o perigo que correm os cidadãos, até mesmo os que não utilizam o serviço mas, correm o risco de serem atropelados nas ruas.
Para o professor Antonio Rodrigues, tanto a CPTran e principalmente o Departamento Municipal de Trânsito, precisam tomar providências enérgicas e levarem à sério as denúncias feitas pela imprensa, pois, para ele, este não é um fato isolado.