Moradores do centro de Cabedelo protestam contra a duplicação da BR 230 e farão reunião nesta quinta (16) para unificar a luta
Na
manhã da última sexta-feira (10), aconteceu uma passeata de protesto contra o
projeto de a duplicação da BR 230, no centro de Cabedelo, precisamente, do km 0
ao 2, onde várias residências serão demolidas e relocadas, levando consigo
parte da história da cidade e o direito de moradia dos cidadãos cabedelenses.
Em
sessão na Câmara de Cabedelo onde os técnicos do DNIT apresentaram o projeto a
população, o governo mostrou-se preocupado com a retirada das residências e até
propôs abrir a terceira via (ligando o porto a Salinas Ribamar pela via
férrea). O prefeito Luceninha, o secretário de Comunicação, Wellington Costa, o
secretário de Serviços Urbanos, Artur Cunha Lima Filho, e os vereadores Eudes,
Fernando Sobrinho e Belmiro, estiveram apoiando a ação de protesto dos
moradores e acompanhando a passeata com os demais manifestantes.
Em
e-mail enviado a redação, Ernestinho informa que a Acica convoca a sociedade
cabedelense para, nesta quinta feira (16), realizarem mais um encontro para
avaliar o projeto do DNIT que propõe intervir nas vias de acesso da cidade e os
impactos diretos e indiretos desse projeto para a população no que diz respeito
aos aspectos de mobilidade, habitalidade, ambientais e de espaços sociais e
desenvolvimento urbano na cidade de Cabedelo.
A
avaliação desse projeto deve ser aprofundada para que a cidade não sofra
consequência irreversíveis tornando-a ainda mais desorganizada e caótica do que
já está. Será que Cabedelo deve apenas se adequar aos interesses do porto ou o
porto deve se adequar às necessidades de desenvolvimento urbano do município?
Como
a sociedade pode e deve exercer sua força e se posicionar para o licenciamento
ambiental de um projeto como esse de acordo com o que determina a lei? Qual a
responsabilidade do poder público, Executivo, Legislativo e judiciário nessa
questão? Quais os canais de intervenção legal contra os possíveis danos que
podem ser sofridos pela população?
“Esses
aspectos sociais e legais deverão ser tratados da melhor forma para que a
população não sofra injusta e desnecessariamente as sequelas advindas de
projetos como esses. Problemas como esse e outros causados pelo danos da
importação do coque de petróleo requer toda nossa atenção e muito temos a
esclarecer”, afirmou Ernestinho.
Ainda
de acordo com Ernestinho a reunião será hoje às 20:30 na igreja São Judas Tadeu
em Camboinha (igreja do Padre Noberto). Na ocasião também serão tirados os
encaminhamentos sobre a promessa do DNIT para corrigir erro técnico do
"contorno da morte" na BR 230 em Camboinha. O prazo de 60 dias dado
pelo próprio DNIT para resolver o problema já está expirando.
Fonte: Acica/Ernestiho/Aguinaldo
Silva
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