Contratações feitas no período eleitoral são proibidas, alega o governador.
Ricardo Coutinho (PSB) já demitiu, através de decreto, cerca de 18 mil comissionados. O governo estipulou ponto de oito horas diárias para os servidores e convocou todos os policiais a disposição de órgãos públicos no Estado. Anteriormente, a jornada de trabalho era de seis horas e o expediente da sexta-feira era realizado apenas no turno da manhã.
O governador também suspendeu as contratações de quase 700 servidores concursados que foram convocados no final do Governo de José Maranhão. Os classificados foram agentes de segurança penitenciária, Corpo de Bombeiros e na área da Saúde. Para ele, as contratações foram feitas no período eleitoral, o que é proibido. Além disso, o Estado não tem recursos de imediato para pagar os novos servidores.
“Os atos estão suspensos. Vou contratar todos, desde que o Estado tenha a capacidade de contratação. Sem ter a capacidade de contratação, eu mato o paciente antes de curá-lo. Eu tenho que curá-lo. Numa linguagem mais popular, essa cura significa trazer o equilíbrio fiscal e financeiro para o Estado da Paraíba. Hoje é impossível”. Disse Ricardo. Acrescentando que as contratações que foram feitas ao arrepio da lei, de uma forma ilegal, não podem vingar. “Elas não estão desfeitas, elas estão suspensas e nós vamos fazer uma contratação gradativa a medida que o Estado realmente possa incorporar e possa pagar. Não adianta incorporar sem ter condições de pagamento”, comentou Coutinho.
Ricardo enfatizou que as medidas são necessárias uma vez que o Estado está com 54% de sua capacidade financeira comprometido com a folha de pagamento quando a Lei só permite até 49%. O governador disse ainda que Maranhão deixou uma dívida superior a R$ 1 bilhão. Em relação ao valor da folha de pessoal, ele reafirmou que o montante chega a R$ 224 milhões. Na quarta-feira, o governo só tinha em caixa pouco mais de R$ 3,5 milhões.
Renascer em Noticia/Aguinaldo Silva/SecomPB.
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