Protesto de estudantes contra o aumento nas passagens entra em rota de colisão com entidades de classe.

Reunidos na tarde desta quarta-feira (12) em frente ao Comando da Polícia Militar, os estudantes protestavam contra o aumento das passagens de ônibus na capital paraibana. O inusitado é que, desta vez, em rota de colisão contra os estudantes, estavam entidades como o Sindicato dos Condutores de Veículos de Passageiros (Sindicato dos Rodoviários) e a Associação de Usuários de Transportes Coletivos da Paraíba (AUTCP-PB) que mobilizaram seus representados para contraporem-se ao protesto.
Segundo o presidente do sindicato dos rodoviários, Sr. Antonio de Pádua, a mobilização dos trabalhadores visava denunciar a truculência e o radicalismo dos estudantes que, em protestos anteriores, agrediram profissionais e usuários do sistema. “Precisamos garantir a integridade física dos trabalhadores rodoviários e o direito de ir e vir dos usuários que sempre são agredidos, verbal ou fisicamente, nos protestos promovidos por uma minoria que si quer anda de ônibus” Afirmou Pádua.
João Deon, representando a AUTCP-PB, disse que o protesto dos estudantes não tem o apoio da população que entende o que foi feito para melhoria na qualidade dos serviços e da frota nos últimos anos. Enfatizando que se tratava de um radicalismo já fora de moda e que visava, tão somente, fortalecer algumas lideranças para concorrerem as eleições do DCE da UFPB.
Antonio Radical, criticando a gestão do PSB na prefeitura por ter homologado o aumento, disse que os empresários de transportes “nunca ganharam tanto dinheiro como se verifica agora”. Segundo ele, em 2005 (inicio da gestão do PSB) o valor da passagem era de R$ 1,15 (Um real e quinze centavos). Hoje, após o aumento, a passagem custa R$ 2,10 (Dois reais e dez centavos) proporcionando aos empresários um aumento real de 82%. “Nenhuma categoria de trabalhadores obteve índices tão generoso em seus aumentos” Radical pediu ainda o congelamento imediato das passagens e disse entranhar a movimentação dos rodoviários, tachando inclusive, de “entidade fantasma e a serviço dos empresários” a associação de usuário de transportes ali presente.
Fernando Augusto, representante do DCE-UFPB, acusou a prefeitura de boicotar a representação de sua entidade na reunião do conselho que deliberou o aumento de 10% nas passagens. Para ele, isso é abusivo, absurdo e penaliza toda sociedade.
A prefeitura rebateu a acusação do representante do DCE, lamentou o radicalismo identificado no protesto e informou que apenas homologou a decisão do conselho que é integrado por representantes de vários setores da sociedade, inclusive, o DCE-UFPB.
O acirramento estava visível e terminou gerando confusão com insultos e pancadarias. Foi preciso a intervenção da polícia para acalmar os ânimos dos manifestantes.

Aguinaldo Silva/Renascer em Noticia
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