Depois das chuvas caídas na Região Metropolitana da
Grande João Pessoa, cidades como a própria capital, Cabedelo, Santa Rita e Alhandra,
enfrentam agora os problemas deixados após as 15 horas de chuva ininterrupta da
última terça (3) e quarta (04/09). Os maiores problemas estão em comunidades
como o bairro São José, Timbó e Saturnino de Brito em João Pessoa. Jardins
Alfa, Beta, Gama, João Paulo II e Renascer em Cabedelo. Alem de vários barros
em Bayeux, Santa Rita e Alhandra.
Os governantes destas cidades sentem-se impotentes
diante do dilúvio caído nos últimos dias e com os problemas crônicos de
infraestrutura e que já se arrastam por vários anos e governos. “Algo tem que
ser feito urgentemente”, afirmam e todos concordam com isso. A cidade de
Cabedelo está entre as 14 cidades da Paraíba com maior vulnerabilidade a riscos
de acidentes no período chuvoso. De acordo com informação do Coordenador da
Defesa Civil cabedelense, já foi feito um mapeamento de todas as áreas de
riscos da cidade portuária, para que a atenção dispensada, nas ações de
trabalho, nesses locais, sejam maiores.
As chuvas que atingiram João Pessoa e sua Região Metropolitana
na tarde da terça-feira (3) e durante a madrugada da quarta (4), deixaram centenas
de famílias desabrigadas. Ruas ficaram alagadas. Trânsito congestionado. Uma barreira
deslizou na BR-230, próximo ao Castelo Branco, no sentido Cabedelo-João Pessoa,
interrompendo um lado da pista.
No bairro São José na capital, as águas do Rio
Jaguaribe transbordaram, inundando casas e deixando pelo menos mil pessoas
desabrigadas. Transtorno, também, próximo à Companhia Brasileira de Trens
Urbanos (CBTU), no Varadouro. Toda a área ficou alagada e pedestres tiveram que
se arriscar dentro das águas.
De acordo com dados da Defesa Civil, somente em João
Pessoa havia 31 áreas de risco, o que corresponde a 53 mil pessoas. Em Santa
Rita as chuvas danificaram equipamentos e deixou sem água a população da cidade.
Segundo informou a gerência regional da Cagepa, o acúmulo de água ocasionou a
inundação no sistema de captação de água bruta e danificou equipamentos
utilizados no bombeamento. Na cidade de Alhandra, choveu em dois dias, o
previsto para o mês inteiro. Em Cabedelo, moradores ficaram ilhados e fecharam
a BR 230 no Renascer, exigindo providências das autoridades.
Preocupados, o coordenador da Defesa Civil de
Cabedelo, Fernando Macedo, o secretário de comunicação Welington Costa, e o
vereador Reinaldo Barbosa (Rei), visitaram algumas comunidades da cidade
portuária, objetivando conhecer de perto o problema, bem como, buscar soluções
emergenciais para amenizar a situação atual dos moradores que tiveram suas
casas atingidas pelas chuvas. Cinco famílias tiveram que deixar suas casas e
foram abrigadas no Centro Comunitário do bairro.
“O local onde foram construídas as 63 casas no Loteamento
Parque Esperança no Renascer, entregues no último ano da gestão anterior, é
extremamente baixo, sem condições de moradia, pois não possui infraestrutura
que possibilite o escoamento das águas. Uma das soluções mais urgentes para
resolver o problema será, no período de estiagem, a Prefeitura em parceria com
a CBTU, mandar fazer um pontilhão por baixo da linha férrea, para garantir o
escoamento das águas que ali se acumulam no inverno”. Disse Fernando Macêdo, Coordenador
da Defesa Civil de Cabedelo.
Wellington Costa, secretário municipal de
comunicação, esteve no local e disse que os projetos para resolver os problemas
de infraestrutura enfrentados pelos moradores do bairro Renascer e adjacentes, estão
em fase de conclusão. “A prefeitura irá realizar estudo da situação, para
evitar que isso se repita nos próximos anos. O problema é sério e é preciso
estudo técnico para resolvê-lo. O que nos deixa surpreso é que os imóveis foram
entregues em dezembro, no último mês da gestão anterior e já se encontram com
diversos problemas de infraestrutura". Concluiu Costa.
Da
Redação com Edição de Aguinaldo Silva
Fonte:
G1-PB/Secom-PB/Secom-Cabedelo
Fotos:
Walter Paparazzo/Elias Martins/Ricardho Paiva.
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