ACICA pede alternativa energética para cimenteiras da PB e reclama da ‘matriz suja’ (petcoke) em Cabedelo
O
Secretário Executivo da Associação Cabedelense para a Cidadania (ACICA) e
fundador do projeto ‘Observatório Social’ da UFPB, Ernesto Batista, reclamou do
uso de Petcoke como combustível para a indústria cimenteira na Paraíba e pediu
que sejam buscadas soluções que não agridam ao meio ambiente.
Em
entrevista à Rádio CBN João Pessoa, Ernestinho destacou que é preciso haver um
melhor manuseio e descarte dos resíduos de Petcoke. Ele apontou que pelo fato
de a matéria prima custar 17% menos que qualquer combustível, dá a visão de que
é algo que traz benefício econômico, contudo aponta que o produto traz muitos
danos sociais e ambientais.
Batista
explicou que com o aumento das fábricas, foi sendo necessária a aquisição de
mais Petcoke e com isso foi pedido mais área que se estendia no sentido Praia
do Jacaré e o produto era depositado na beira da praia. Ele comentou que só foi
removido e colocado no mangue onde hoje está após reclamação da iniciativa
privada.
“Defendemos
que se é para trazer esse tipo de produto para o nosso porto que seja trazido
com investimento. A descarga do navio feita por veículo fechado e transportado
por via férrea ou construída uma estrada. Que o Petcoke seja armazenado no
pátio da cimenteira ou criada uma alternativa energética. O Coke é muito mais
barato que qualquer combustível, mas o custo social e ambiental é muito forte.
Achamos que existem outras soluções”, diz.
O
representante da ACICA questiona o porquê de a Paraíba não ser como os países
de primeiro mundo que usam gás, até porque o estado tem uma empresa de gás. Ele
reclama da matriz energética suja e dos danos causados ao meio ambiente e a
saúde da população.
Os
defensores da permanência do produto na cidade portuária paraibana, afirmam que
as preocupações do dirigente da ACICA não têm justificativas, uma vez que, existe
por parte da empresa armazenadora do produto, uma total preocupação para com o
meio ambiente, fazendo inclusive, analises constates do nível de poluição e
limpeza da área. E, quanto a saúde da população, segundo eles, em todo esse
tempo de operação com o produto em Cabedelo, nunca, jamais, um trabalhador ou
morador da área utilizada, foi hospitalizado em virtude do manuseio ou por
residir próximo ao local de armazenamento do produto que chamam carinhosamente de
“petcoke verde”.
A
íntegra da entrevista do dirigente da ACICA pode ser acessada clicando AQUI
Edição de texto:
Aguinaldo Silva com Marília Domingues
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