56 ONGs realizam o maior encontro de entidades representativas da história de Cabedelo e articulam o 3º setor da cidade.

Depois dos últimos acontecimentos políticos de Cabedelo, onde claramente o poder econômico e financeiro, capitaneado por uma força oculta e não mais misteriosa, que emperra o deslanchar da verdadeira vocação da cidade, ditando as regras do jogo político, cooptando lideranças e partidos, manipulando resultados, enfraquecendo e depondo líderes do povo e, entravando as políticas públicas que culminariam no desenvolvimento social, cultural, turístico e econômico da cidade portuária paraibana, as ONGs cabedelenses, começam a se articularem para preparar as lideranças populares, visando libertá-las dos vícios, da inércia, do despreparo e da falta de informação, integrando-os em uma rede de articulação social, com objetivos claros e coletivos definidos.
Enganam-se quem pensar que a cidade dorme em berço esplêndido e não está nem aí para os últimos acontecimentos. Cabedelo tem sim um movimento social vivo e em pleno desenvolvimento. Isso ficou claro no último final de semana, quando os movimentos populares e sociais da cidade, realizam o maior encontro já registrado na historia do município, com a presença de 56 entidades não governamentais e mais três instituições governamentais ligadas aos Poderes Legislativos, estadual e municipal.
Foi um dia histórico para os movimentos populares e socais do município, uma demonstração de união, força e solidariedade, expressada desde a construção do hexa evento (como vinha sendo chamado pela mídia digital), bem como, através dos debates sobre os problemas locais, as articulações políticas dos segmentos presentes, o repasse de informações, a firmeza no que desejam como políticas públicas para a cidade e na aprovação de documentos que serão, posteriormente, encaminhados as autoridades competentes.
Objetivando fortalecer e contribuir para com o crescimento político dos que fazem os movimentos populares e sociais do Município de Cabedelo e construir uma articulação política metropolitana, o Hexa Evento teve sua mesa composta pelo professor Jaemio Carneiro que conduziu a abertura oficial do encontro, acompanhado dos senhores: Fernando Borges, Presidente da Federação dos Trabalhadores no serviço Público do Estado da Paraíba – FETASP; Marcelo Lima, presidente da Federação das Entidades Não Governamentais da Paraíba – FENGAES; os deputados, Jutay Meneses, presidente da Frente Parlamentar de Políticas Publica para Juventude e Trócoli Júnior, representante da Frente Parlamentar de Segurança Pública da ALPB; o vereador Junior Datele, único representando da Câmara Municipal da cidade, e ainda, o representante da Agenda 21 Local, Wellington Brito.

Na programação do maior encontro das entidades sociais e representativas de Cabedelo, alem das palestras, painéis e elaboração de documentos comuns as 56 entidades participantes, estavam programados vários eventos paralelos, como: discussão da Agenda 21, eleição da coordenação municipal do Movimento Nacional de Luta por Moradia – MNLM, articulação e construção de propostas das Redes: SOS Cabedelo; articulação das mulheres e da juventude, alem de momentos de construção, descontração e lazer.
O Hexa Evento teve inicio com a Agenda 21, que contou com a explanação do economista e diretor da Agência de Desenvolvimento Sustentável da Paraíba, Saulo Xavier, mediado pelo representante do Governo Estadual, Wellington Brito. Após os debates, foram escolhidos como titulares da coordenação municipal da Agenda 21, Moises de Oliveira, presidente da Associação Comunitária de Jardim Brasília e coordenador estadual do MNLM, Ricardo Tabosa, da intersindical e Manuel Fernandes, do Ocupa Cabedelo, como representantes dos Movimentos sociais e sindical.
Duas mesas temáticas foram realizadas e uma delas contou com a mini conferencia do ex-comandante da Policia Militar da Paraíba, Cel. Carvalho que abordou o tema segurança pública. O Radialista Aguinaldo Silva mediou os debates e participaram das mesas temáticas, o presidente da Frente Parlamentar de Políticas Publica para Juventude, deputado Jutay Meneses, o representante da Frente Parlamentar de Segurança Pública da Assembleia Legislativa do Estado, deputado Trocoli Júnior, o vereador Junior Datele e Wellitong Brito. O jovem kassio Ferreira, representando a articulação Juventude Presente, aproveitou para entregar aos deputados, documento solicitando audiência publica da ALPB, para discutir a segurança e o genocídio que vem acontecendo com os jovens da periferia de Cabedelo e das grandes cidades paraibana.
O evento contou ainda com representantes da coordenação estadual do MNLM que acompanharam os debate sobre o movimento na cidade e a eleição da coordenação municipal. Bem como, a provação da Carta de Cabedelo ao Governo do Estado da Paraíba. Já a articulação Juventude Presente apresentou aos seus membros o projeto da 1ª Bicicletada Metropolitana: Pedalando por Ciclovias, Ciclofaixas, Ciclorotas e Bicicletários, que será realizada no dia 09 de março proposta pelo Núcleo da Juventude da Rede de ONGs SOS Cabedelo – NJ/REDE.
O destaque do evento ficou para a Carta de Cabedelo elaborada pela a articulação da Rede Mulher que contou com a participação de representantes dos Municípios de Cabedelo, João Pessoa, Lucena e Bayeux.  Alem da carta que será amplamente divulgada, foi formada uma comissão para visitar a Frente Parlamentar da Mulher da Assembléia Legislativa do Estado e os Movimentos 8 de Março e o Coletivo Cunhã, objetivando a realização de um Fórum Metropolitano da Mulher.
De fato foi indiscutivelmente um dia muito especial para os movimentos populares e sociais da cidade, alem de realizam o maior encontro de entidades sociais da historia de Cabedelo, sua realização, aprofundou os debates sobre os problemas locais, articulou os segmentos presentes, aprovou documentos comuns e ainda promoveu a socialização com sorteios de brindes, feijoada, churrasco e musica ao vivo. Alem de fortalecer e contribuir com o crescimento político dos que fazem os movimentos populares e sociais do Município de Cabedelo.
Paralelo a tudo isso, a comunidade de Camboinha e os estudantes do IFPB voltaram a fechar a BR 230 em protesto velado contra o descaso do DNIT que já vitimou 15 pessoas, fatos lastimáveis que levaram os moradores locais a denominarem o Km 3,5 da Transamazônica de “contorno da morte”. 
Texto: Aguinaldo Silva/Darloza Braga
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