Banqueiros e bancários chegam a um consenso encerram a greve e os bancos reabrem nesta quinta-feira 27/09
Após nove dias, os bancários da rede
privada e os bancos públicos do Brasil e Caixa Econômica aprovaram por
unanimidade o fim da greve na noite desta quarta-feira (26) e voltam ao
trabalho nesta quinta-feira (27) na Paraíba.
Apenas o Banco do Nordeste, BNB,
decidiu permanecer em greve. O
presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba, Marcos Henriques disse
que os funcionários do BNB decidiram permanecer em greve, porque há umas pendências
no plano de cargos e carreiras que eles não aceitaram.
Os sindicatos da categoria seguiram a
orientação da Contraf (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo
Financeiro) de aprovar proposta dos sindicatos patronais.
Na Assembleia Geral Extraordinária específica,
os bancários aceitaram o reajuste salarial de 7,5%, o aumento de 8,5% no piso
salarial e nos auxílios-refeição e alimentação; e o aumento de 10% para a
parcela fixa da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), assim como dos
tetos da regra básica e do adicional.
Para Marcos Henriques as conquistas
dos bancários ainda estão longe da realidade do mercado, se levarmos em
consideração os lucros dos bancos. Entretanto, as circunstâncias não permitiam
o prolongamento do enfrentamento com os banqueiros. E aproveitou a ocasião para
criticar seriamente os advogados do Bradesco:
"Queremos repudiar com veemência
a atitude mesquinha e antiética dos profissionais da Banca de Advogados Rocha
Marinho que, inconformados com a negativa de Interdito Proibitório favorável ao
banco, passaram a coagir os funcionários da instituição financeira".
Edson Borges, diretor do Sindicato e
funcionário do Itaú, parabenizou os trabalhadores dos bancos privados pela
postura durante os nove dias de greve. "Estão de parabéns os nossos
colegas dos bancos privados, que souberam se impor ante as ameaças dos gerentes
para a volta ao trabalho. Infelizmente, ainda não chegamos ao patamar de
conquistas que merecíamos, mas estamos no caminho certo, que é a luta. Afinal,
tudo o que conquistamos foi com muita determinação, mobilização e luta",
concluiu.
Eis os principais pontos da proposta
da Fenaban, aprovado pelos bancários da rede privada na base do SEEB - PB, que
irão compor as cláusulas econômicas da
Convenção Coletiva dos Bancários:
Reajuste - 7,5% (aumento real de
2,02% pelo INPC).
Piso - R$ 1.519 (reajuste de 8,5%, o
que significa 2,95% de ganho real).
Caixa - R$ 2.056,89 (8,5% de
reajuste).
Auxílio-refeição - R$ 472,15 (R$
21,46 por dia), o que representa reajuste de 8,5%.
Cesta-alimentação e 13ª
cesta-alimentação - R$ 367,90 (reajuste de 8,5%).
PLR - Regra básica: 90% do salário
mais R$ 1.540 fixos (reajuste de 10%), com teto de R$ 8.414,34 (reajuste de
10%). Caso a distribuição do lucro líquido não atinja 5% com o pagamento da
regra básica, os valores serão aumentados para 2,2 salários, com teto de R$
18.511,54 (10% de reajuste).
PLR adicional - 2% do lucro líquido
distribuídos linearmente, com teto de R$ 3.080 (reajuste de 10%).
Antecipação da PLR - 54% do salário
mais valor fixo de R$ 924,00, com teto de R$ 5.166,01 e parcela adicional de 2%
do lucro líquido do primeiro semestre distribuído linearmente, com teto de R$
1.540,00.
A primeira parcela da PLR será paga
até dez dias após a assinatura da Convenção Coletiva e a segunda até 1º de
março de 2013.
Fonte: Portal correio
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