Professores e prestadores de serviço que foram substituídos no Aníbal Moura fizeram manifestação na escola nesta sexta-feira (02/03).
Dezesseis
servidores da Escola Estadual Aníbal moura de Cabedelo, entre professores e
prestadores de serviços, que foram substituídos nesta quinta-feira sem serem
previamente avisados, fizeram uma manifestação na escola na manhã desta sexta-feira.
Segundo a diretora Marta Sabrino da Silva, a Senhora Verônica Madruga que seria
servidora da 1º Região de Ensino, entregou a lista dos dezesseis nomes para
serem substituídos naquela escola.
A
diretora questiona a forma como lhe repassaram tal determinação. Sem portaria
ou memorando algum. Apenas uma lista rabiscada, escrita a mão, relacionando os
que deveriam ser substituídos. De acordo com ela, seis professores e dez
prestadores de serviços, entre eles, os dois vigias da escola, alguns com os
contratos renovados por mais onze meses e recebendo normalmente seus proventos,
foram demitidos sumariamente e substituídos sem nenhum critério.
Isso
aí é um descalabro, uma perversidade contra esses profissionais. “Essa política
educacional na Paraíba não pode continuar” disse a Professora de Português Francis
Zenaide. Ela informou ainda que sindicato marcou para a tarde desta sexta-feira,
uma assembleia para discutir o novo piso salarial de 1.400,00 como as demissões
sumárias que vem ocorrendo na educação do Estado.
Marcos
Patrício lamentou o ocorrido e classificou como um desrespeito aos servidores e
a instituição de ensino que detém ótimos índices no IDEB e ENEM. Segundo ele, isso
vai de encontro as determinações do governador Ricardo Coutinho que já deixou
claro que esse não é um governo para perseguir ninguém. “Essa intervenção está
sendo feita em uma escola que aprovou seis alunos na Universidade Federal no
último vestibular e seu coeficiente da média do Enem é superior a do Estado. Substituir
sumariamente os profissionais que ajudaram a escola a constituir esses índices positivos,
não depõe a favor do governo e não acredito que atenda sua orientação”. Disse Patrício à reportagem. Ele manifestou solidariedade aos profissionais e disse estar
mantendo contatos junto ao governo do Estado para encontrar uma solução e reverter
à situação.
Nomes
como o da professora de filosofia Silvana Lopes, ex-conselheira tutelar,
residente ha mais de vinte anos no Renascer e que está na escola a um ano. Ela
fez todo o treinamento da formação continuada promovido pelo governo do Estado,
foi aprovada, recebeu seus proventos normalmente, foi informada que estava
recontratada, na última quarta-feira (29) recebeu um Not book e no dia seguinte
foi demitida. “Isso é muito estranho” suspeitou Marcos.
O
Deputado Trócolli Júnior também esteve presente na manifestação dos servidores.
Ele informou que já marcou uma audiência com o governador para discutir o
assunto na próxima segunda-feira (05/03). Os professores não quiseram fornecer
nomes, mas, creditam a indicações políticas as substituições.
Indignada,
a respeitada Professora cabedelense Rejane Viana disse: “inaceitável que a
gestão da educação em nosso Estado esteja submetida a esse tipo de ingerências.
A sociedade não pode tolerar que políticos e pretensos candidatos, seja quem
for, utilizem-se desses expedientes para interferir no processo educacional de
Cabedelo. Esses atores políticos não podem continuar a "construir"
seus currais a custa dessas ingerências ao tempo em que não trazem as
contribuições que deveriam trazer para a sociedade. Deveriam esses cumprirem
seus papéis de fiscalizar e interagir democraticamente com a população para
exigir as políticas públicas, isso seria suficiente para garantir suas
reeleições. Talvez seus interesses o façam abrir mão de seus papeis para
"encurralar" seus votos através do sujeitamento de pessoas que também
tendem a se "aproveitar" dessas situações, formando assim o pacto do
atraso que vem se arrastando com os políticos que temos”. Desabafou.
Aguinaldo Silva
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