PRIMA – Programa de inclusão pela música começa por Cabedelo
O PRIMA - Programa de Inclusão Música e Arte do Governo Estadual vai investir
1,5 milhão na inclusão social por meio da música e das artes e começa sexta
16/03, as 16:30, na Fortaleza Santa Catarina.
O Governo do Estado vai investir, ainda neste
primeiro semestre de 2012, cerca de R$ 1,5 milhão na criação de cinco polos do
Programa de Inclusão Através da Música e das Artes (Prima), desenvolvido em
parceria pelas secretarias de Estado da Cultura (Secult) e da Educação (SEE). A
estimativa é de que uma média de 100 crianças e adolescentes integre o projeto,
em cada unidade. O primeiro polo a ser criado é o de Cabedelo, em lançamento
que acontece nesta sexta-feira (16), na Fortaleza de Santa Catarina, às 19h.
O secretário estadual da Cultura, Chico César,
e o maestro da Orquestra Sinfônica da Paraíba (OSPB), Alex Klein, fizeram o
anúncio oficial do Prima durante coletiva de imprensa realizada no final da
manhã desta quarta-feira (14), no Casarão dos Azulejos, em João Pessoa. A
orquestra administrará o Prima – que, segundo Chico César, é um programa
estruturante que visa contribuir para uma sociedade mais justa por meio da
música clássica e da arte em geral. “É um projeto de caráter social, por meio
do qual vamos promover valores cidadãos utilizando a música e a arte. Não se
trata de uma escola de música, mas de cidadania”, frisou o secretário.
Em princípio, o programa terá cinco polos
funcionando na Grande João Pessoa – além do de Cabedelo, haverá o de Tibiri, em
Santa Rita; e os de Alto do Mateus, bairro dos Novais e Mandacaru, na Capital.
“Algumas comunidades só contam com a presença do Estado quando chega lá um
carro da polícia para prender alguém ou retirar o corpo de um adolescente
morto. Queremos mudar isso, reforçando a presença positiva, transformadora.
Esses polos formarão grandes músicos, mas, antes disso, de lá sairão seres
humanos melhores”, disse Chico César.
Para Alex Klein, a experiência musical
permitirá que os alunos convivam mais harmonicamente, respeitando a disciplina,
a organização e o trabalho em grupo, típicos da experiência coletiva de uma
orquestra. “Na hora que a batuta desce e a música começa, não há mais pobre e
rico ou branco e negro; todos são iguais”, frisou.
Expansão dos polos – O programa deve expandir novos polos para o interior ainda no segundo
semestre deste ano. Já estão previstas unidades em Campina Grande, Itaporanga,
Catolé do Rocha, Patos, Cajazeiras e Sousa. “Se houver demanda espontânea,
sobretudo de projetos já existentes, que não necessitem de tantos recursos
materiais, podemos iniciar um número ainda maior de polos do que o já
previsto”, acrescentou Chico César.
Para se ter ideia, segundo a gerente de
Educação Infantil e Ensino Fundamental da SEE, Aparecida Uchôa, nos três
municípios que vão receber os cinco primeiros polos, existem 26 escolas da rede
estadual de ensino. Dessas, 20 já executam algum projeto envolvendo música e
arte. “Isso já facilita o desenvolvimento de novos polos do programa”,
complementou.
Abertura e inscrições – Nesta sexta-feira (16), durante a abertura do polo em Cabedelo, haverá
uma apresentação da OSPB, nas dependências da Fortaleza de Santa Catarina. O
concerto blitz também se repetirá nas solenidades de lançamento dos demais
polos – que ainda não têm data definida para acontecer, mas que provavelmente
seguirão o cronograma de um novo polo sendo aberto a cada 15 dias. No término
da apresentação na Fortaleza, uma equipe da Secult, utilizando nove
computadores, estará disponível no local para efetuar o cadastramento de
crianças e adolescentes interessados em participar do Prima.
Equipe – Quarenta
músicos profissionais estão sendo capacitados para comandar as aulas do
programa. Inicialmente, todos estarão integrados no polo de Cabedelo – que deve
iniciar as atividades ainda este mês. No entanto, eles vão se desmembrar da
unidade a partir do momento em que os outros polos passarem a funcionar. “Nossa
ideia é que cada polo tenha quatro professores ensinando musicalização, dentro
de cinco níveis. Os alunos que já integrarem o programa com nível de
conhecimento avançado, poderão se tornar monitores dos iniciantes”, explicou
Klein.
Investimentos – O Prima,
ainda de acordo com Alex Klein, não limitará a quantidade de alunos nem a faixa
etária deles. “Trabalhamos com um planejamento de uma média de 100
participantes por polo, já que este é o número base de integrantes de uma
orquestra completa. Além disso, nosso foco é a faixa etária de 6 a 14 anos.
Contudo, se recebermos mais inscrições de interessados que não se encaixem nas
idades especificadas, não deixaremos de fora”, garantiu o maestro.
Levando em consideração uma turma com 100
alunos, o investimento em cada polo será de cerca de R$ 300 mil, só com a
aquisição de instrumentos. “Basicamente, apenas cinco ou seis instrumentos
chegam a preencher, aproximadamente, 70% deste orçamento. Os outros são mais em
conta, e podem até ser adquiridos por valores mais baixos, se comprados em
grande escala”, acrescentou Klein.
O secretário Chico César destacou que os
polos, a princípio, não funcionarão em sedes a serem construídas. “Vamos nos
adequar à realidade de cada comunidade, inclusive aproveitando a infraestrutura
já existente, como em escolas e associações. Além disso, esperamos contar com o
apoio das prefeituras locais e de entidades parceiras”, finalizou
Fonte: Secult-PB
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