De acordo com o estudo do IBGE, 728.672 domicílios brasileiros não possuem fornecimento de energia elétrica.
O mais abrangente dos serviços domiciliares do Brasil, o fornecimento
de energia elétrica ainda não atinge 2.749.243 habitantes do País.
Desse total, 396.294 pessoas estão nas cidades e 2.352.949 moram na zona
rural, informou nesta quarta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) ao divulgar novos números do Censo 2010.
Veja outros dados do Censo 2010:
Essa foi a primeira vez que o IBGE inclui no Censo a investigação do
fornecimento de energia elétrica para toda a população. Em 2010, dos
serviços prestados aos domicílios, a energia elétrica foi a que
apresentou a maior cobertura (97,8%), principalmente nas áreas urbanas
(99,1%), mas também com marcante presença na área rural (89,7%).
Apesar da alta abrangência do serviço prestado, 1,3% dos domicílios
brasileiros não possui energia elétrica, o que representa 728.672
estabelecimentos. São 133.237 domicílios na zona urbana e 595.435
domicílios na área rural sem luz elétrica.
Com exceção das áreas rurais da região Norte, onde apenas 61,5% dos
domicílios tinham energia elétrica fornecida por companhias de
distribuição, as demais grandes regiões do País, tanto urbanas quanto
rurais, apresentaram uma cobertura acima de 90%, variando de 90,5% nas
áreas rurais da região Centro-Oeste, a 99,5% nas áreas urbanas da região
Sul.
Proporção de domicílios com energia elétrica proveniente de distribuidora
IBGE, Censo Demográfico 2010
Abastecimento de água
O crescimento do serviço de abastecimento de água por rede geral
ocorreu em todas as regiões do País se comparadas a 2000. As regiões
Sudeste e Sul, em 2010, continuaram sendo as que tinham os maiores
percentuais de domicílios ligados à rede geral de abastecimento de água
(90,3% e 85,5%, respectivamente), em contraste com as regiões Norte e
Nordeste que, apesar dos avanços, continuaram com os percentuais mais
baixos (54,5% e 76,6%, respectivamente).
Em 2000, a cobertura das áreas urbanas que apresentavam domicílios
ligados à rede de abastecimento acima de 90% era restrita às regiões
Sudeste e Sul. Em 2010, ela se amplia também para o Nordeste (90,5%) e
Centro-Oeste (90,0%).
Esgotamento sanitário
No decorrer dos dez anos entre os censos, aumentou a proporção de
domicílios ligados à rede geral de esgoto ou com fossa séptica em quatro
das cinco regiões do País. A região Norte apareceu como exceção, onde o
aumento de 2 pontos percentuais na área rural não foi suficiente para
compensar a queda de 6,1 pontos percentuais ocorrida nas áreas urbanas.
A região Sudeste continuou com as melhores condições de esgotamento
sanitário, passando de uma cobertura de 82,3% dos domicílios, em 2000,
para 86,5%, em 2010, com maior concentração nos domicílios urbanos nos
dois períodos. Na sequencia vem a região Sul, que passou de 63,8% para
71,5% dos domicílios com esgotamento adequado. Na época da pesquisa, a
região Centro-Oeste tinha pouco mais da metade de seus domicílios com
saneamento adequado (51,5%) e as regiões Norte e Nordeste apresentaram
patamares ainda mais baixos (32,8% e 45,2%, respectivamente).
Coleta de lixo
Como os demais serviços de saneamento, a coleta de lixo aumentou no
período entre os censos em todas as regiões, chegando a 2010 com uma
ampla cobertura: a mais abrangente se encontrava na região Sudeste
(95%), seguida da região Sul (91,6%) e da região Centro-Oeste (89,7%).
As regiões Norte e Nordeste, que tinham menor cobertura, foram as que
apresentaram crescimento mais alto no período, um aumento de 16,6
pontos percentuais e 14,4 pontos percentuais, respectivamente.
Domicílios
O Censo Demográfico 2010 mostra que o Brasil com o predomínio de
domicílios particulares permanentes (99,8%) do tipo casa (86,9%) e
apartamento (10,7%), com uma média de 3,3 moradores por domicílio, sendo
3,3 pessoas na área urbana e 3,6 pessoas na área rural.
Dependendo da localização do domicílio há distinções marcantes na sua
forma de ocupação. Entre os domicílios urbanos predominam os próprios
(72,6%) e os alugados (20,9%). Nas áreas rurais, apesar de a maioria dos
domicílios serem próprios (77,6%), cabe destacar o percentual
significativo de domicílios cedidos (18,7%). No entanto, das informações
disponíveis, são as características de saneamento básico as que mais
distinguem as condições habitacionais do País.
Outras divulgações do Censo 2010:
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Fonte: IG
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