A quem interessa o embargo das obras do Shopping Pátio Intermares? Desembargador questiona competência do TCE-PB
O
desembargador Márcio Murilo da Cunha Ramos utilizou as redes sociais para
comentar a polêmica decisão do conselheiro Fernando Catão, do Tribunal de
Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB), de embargar o início das obras de
construção do Shopping Pátio Intermares, na cidade de Cabedelo.
Em
sua página no Facebook, o magistrado do Tribunal de Justiça da Paraíba lembrou
que o Ministério Público chegou a questionar o posicionamento adotado pelo
TCE-PB. Ele ainda estranhou o fato da decisão do conselheiro Fernando Catão ter
se baseado em uma ação pela Associação de Proteção Ambiental (APAM), uma
Organização Não Governamental (ONG) sediada em Campina Grande.
“O
MP de Cabedelo estranhou, alegando que o Município, Ibama e Sudema deram a
licença, o terreno é particular e o TCE seria incompetente. O interessante é
que a associação de proteção ambiental que requereu a suspensão é de Campina
Grande”, comentou o desembargador. “Esse shopping está mais ‘emperrado’ que a
construção das três pirâmides de Gizé, completou o magistrado, em tom de
ironia.
Mais
questionamentos - Quem
também entrou na polêmica foi a juíza Lúcia Ramalho. Ao comentar a postagem o
desembargador Márcio Murilo, a magistrada questionou a competência do TCE-PB
para embargar o início da obra. “Se o terreno é particular, o TCE nada tem a
ver com isso. Pergunta-se: o TCE embargou a construção do Shopping
Mangabeira?”, indagou.
Entenda o caso -
No
último dia 30, o TCE emitiu uma medida cautelar determinando que a
Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema) suspendesse a
Licença de Instalação concedida para que os proprietários do Shopping Pátio
Intermares iniciassem a obra. A decisão foi baseada em uma denúncia feita pela
APAM, que citava supostas irregularidades por parte do empreendimento.
Saiba mais - As pirâmides de
Gizé são estruturas monumentais construídas em pedra. Possuem uma base
retangular e quatro faces triangulares (por vezes trapezoidais) que convergem
para um vértice. Estas três majestosas pirâmides foram construídas como tumbas
reais para os reis Kufu (ou Quéops), Quéfren, e Menkaure (ou Miquerinos) – pai,
filho e neto.
Foram
construídas há cerca de 2.700 anos a.C., desde o início do antigo reinado até
perto do período ptolomaico. A época em que atingiram o seu apogeu, o período
das pirâmides por excelência, começou com a III dinastia e terminou na VI
dinastia (2686-2345 a.C.).
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