O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Paraíba (SINTEP)
engrossou o coro contra o uso da máquina do estado para tentar obrigar os
professores da Rede Pública Estadual a votar e fazer campanha para o
bolsonarista Cícero Lucena.
Em nota divulgada hoje, o SINTEP diz que o Secretário Executivo de
Educação Gabriel Gomes, “que durante reunião virtual de gestores da educação,
pressionou e coagiu os profissionais a efetuarem campanha para Cícero Lucena,
em nome do Governador João Azevedo”,
infringiu o código eleitoral, o que levou o Sindicato a entrar com uma
representação no Ministério Público para que as devidas providências sejam tomadas.
Alguém duvida do crime eleitoral praticado e que essa é a orientação do
governador para beneficiar o candidato apoiado por ele?
Como representante legal e legítimo dos professores, o SINTEP exige uma
ação enérgica da Justiça Eleitoral. Segundo Antônio Arruda, coordenador-geral
do SINTEP, “é lamentável o que está ocorrendo na Secretaria de Educação. Isso
nos mostra qual a Escola sem Partido que eles defendem e que Bolsonaro tanto
defende. João Azevedo está no campo bolsonarista.”
Antônio Arruda reafirmou o compromisso fo SINTEP com a democracia e que
o Sindicato “jamais vai se calar e sempre vai denunciar essas barbaridades”.
Leia abaixo a íntegra da nota do SINTEP.
SINTEP/PB denuncia crime
eleitoral contra profissionais da educação e população paraibana
O Sindicato de Trabalhadores e
Trabalhadoras de Educação do Estado da Paraíba denuncia e repudia atitude
criminal do Secretário Executivo de Educação Gabriel Gomes, que durante reunião
virtual de gestores da educação, pressionou e coagiu os profissionais a
efetuarem campanha para Cícero Lucena, em nome do Governador João Azevedo,
infringindo o código eleitoral. O setor jurídico do SINTEP entrou com uma
representação no Ministério Público Eleitoral sobre o assunto e exige respeito
para a categoria e para o povo paraibano, além de reivindicar uma ação enérgica
do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Antônio Arruda, coordenador-geral
do SINTEP, comenta que é lamentável o que está ocorrendo na Secretaria de
Educação. Em reunião virtual com a finalidade de realizar planejamento, o
Secretário Gabriel Gomes tratou, na verdade, da campanha eleitoral à prefeitura
no município de João Pessoa. Ele deplora que estão tentando direcionar os
diretores para votar em determinado candidato, como se houvesse compromisso dos
profissionais da educação por conta da gestão estadual.
“Isso nos mostra qual a escola
sem partido que eles defendem e que Bolsonaro tanto defende. João Azevedo está
no campo bolsonarista, Isso também nos dá a demonstração do que acontece se
ocorrer a reforma administrativa proposta pelo governo Bolsonaro”, disse.
O coordenador-geral do SINTEP
ainda acrescenta que os trabalhadores em educação têm consciência e não são
analfabetos políticos, irão se contrapor ao que está acontecendo.
“Vamos nos posicionar com a nossa
voz porque sempre foi assim que o SINTEP se construiu e continuamos inseridos
na sociedade: contrários a essa vergonha de política que a Secretaria de
Educação que está sendo encaminhada. O SINTEP jamais vai se calar e sempre vai
denunciar essas barbaridades porque é um grande retrocesso. É a quebra da
democracia e a quebra da estabilidade dos servidores públicos”, finalizou.
Ronaldo Cruz, Secretário de
Finanças do SINTEP, enfatiza que com o desrespeito amplificado de Gabriel
Gomes, ainda resolveu infligir a lei eleitoral descaradamente em plena reunião
de trabalho, pressionando os gestores para desempenhar campanha eleitoral para
determinado candidato na cidade de João Pessoa e reproduzindo como agir na
ilegalidade da estrutura do Estado.
“É profundamente deplorável para
uma Secretaria tão importante como a de Educação dar um exemplo de que “ todos
somos paraíbas” alegando que todos precisam se engajar na campanha de seu
candidato, cometendo um crime escandaloso. Nós precisamos de imediato alertar a
justiça para uma ação enérgica nesse momento. Não é possível que a Paraíba vá
voltar para o tempo do cabresto. Nós exigimos respeito com os profissionais de
educação da Paraíba. A eleição deve ser um grande momento democrático no país,
debatendo sobre os programas que afetam a população com a expressão da vontade
popular. Um Secretário tão importante deveria dar exemplo positivo e não ser o
pivô de crimes. Repudiamos e esperamos que a justiça tome as devidas
providências”, relatou.
O SINTEP repudia essas práticas
antidemocráticas e vem lutando contra o assédio moral nas unidades escolares
que são intensificados com a presença dos cortes de salários, demissões sem
avisos prévios e gestões convocando os docentes para atividades pedagógicas
presenciais no cenário de pandemia.
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