8 de março Dia Internacional da Mulher – Você sabe porque esse dia foi instituído?

No Dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos em Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, redução na carga diária para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres recebiam até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.
A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano.
Em 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem as mulheres que morreram queimadas na fábrica em 1857. Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada na ONU (Organização das Nações Unidas).
O objetivo da data é discutir o papel da mulher na sociedade atual. O esforço é para tentar diminuir e, quem sabe um dia terminar, com o preconceito e a desvalorização da mulher. Mesmo com todos os avanços, elas ainda sofrem, em muitos locais, com salários baixos, violência masculina, jornada excessiva de trabalho e desvantagens na carreira profissional. Muito foi conquistado, mas muito ainda há para ser modificado nesta história.
Na Paraíba um exemplo de Mulher guerreira foi MARGARIDA MARIA ALVES que nasceu na cidade de Alagoa Grande, em 5 de agosto de 1933. Foi presidente do sindicato dos trabalhadores rurais. Liderou grandes mobilizações camponesas e foi a primeira mulher a lutar por direitos trabalhistas no estado durante o regime militar fascista. Margarida Alves dizia "É melhor morrer na luta do que morrer de fome". Foi assassinada por pistoleiro a mando do latifúndio com uma escopeta calibre 12. No momento do assassinato, no dia 12 de agosto de 1983, comia uma espiga de milho na calçada em frente à sua casa, na companhia do marido e do filho.
No Brasil, a luta da mulher pela conquista do voto foi tema de acaloradas discussões na Constituinte de 1891. Depois de muitos anos de reivindicações e discussões, somente em 24 de fevereiro de 1932 foi instituído o voto feminino e as mulheres conquistaram o direito de votar e serem eleitas para cargos no executivo e legislativo. Em 3 de maio de 1933, na eleição para a Assembléia Nacional Constituinte, a mulher brasileira pela primeira vez, em âmbito nacional, votaria e seria votada.
A primeira deputada brasileira foi a médica paulista Carlota Pereira de Queiróz, que havia se notabilizado como voluntária na assistência aos feridos durante a Revolução Constitucionalista. Foi reeleita em 1934 e, nessa legislatura, tomaria posse a segunda deputada brasileira, a bióloga e advogada Bertha Lutz - tinha sido também a segunda mulher a ingressar nos quadros do serviço público brasileiro em 1919. Dilma é a Primeira mulher a presidir o Brasil.
Edição de Texto: Aguinaldo Silva
Fotos: Internet
Marcos das Conquistas das Mulheres na História Mundial.
- 1788 - o político e filósofo francês Condorcet reivindica direitos de participação política, emprego e educação para as mulheres.
- 1840 - Lucrécia Mott luta pela igualdade de direitos para mulheres e negros dos Estados Unidos.
- 1859 - surge na Rússia, na cidade de São Petersburgo, um movimento de luta pelos direitos das mulheres.
- 1862 - durante as eleições municipais, as mulheres podem votar pela primeira vez na Suécia.
- 1865 - na Alemanha, Louise Otto, cria a Associação Geral das Mulheres Alemãs.
- 1866 - No Reino Unido, o economista John S. Mill escreve exigindo o direito de voto para as mulheres inglesas
- 1869 - é criada nos Estados Unidos a Associação Nacional para o Sufrágio das Mulheres
- 1870 - Na França, as mulheres passam a ter acesso aos cursos de Medicina.
- 1874 - criada no Japão a primeira escola normal para moças
- 1878 - criada na Rússia uma Universidade Feminina

- 1901 - o deputado francês René Viviani defende o direito de voto das mulheres
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