Cabedelo perde oportunidade de discutir com o seguimento os problemas da cultura e prefere declarar guerra aos agentes culturais da cidade

Em Cabedelo, não podemos deixar de destacar o tumulto que aconteceu na sessão do último dia 25 de julho, na Câmara Municipal, que tinha por objetivo debater os investimentos e os encaminhamentos no setor cultural da cidade por parte do poder público.
Diante de várias denúncias de mau uso do dinheiro por parte da Secretaria de Cultura, do fechamento do Teatro e da Biblioteca Municipal e, atendendo reibindicação da classe artística da cidade, a vereadora Geusa Ribeiro (PRP) solicitou uma sessão especial que pretendia discutir as políticas culturais com o movimento cultural na cidade. 
Até aí tudo bem...acontece que a mesa diretora da Câmara proibiu a entrada de representantes do segmento no plenário da casa legislativa, a chamada ‘casa do povo’ fechou as portas para os seus verdadeiros donos.
No entanto, foi permitida a participação e presença, inclusive nas galerias da Câmara, de secretários da Prefeitura e servidores prestadores de serviço e comissionados da gestão Leto Viana, o que revoltou os populares e a oposição.
Até a Guarda Municipal foi escalada para se fazer presente na Câmara, assim como a Semob que proibia o acesso de carros dos agentes culturais em frente a Câmara, o que foi considerado por muitos como uma atitude de intimidação por parte da gestão que comanda os rumos de Cabedelo atualmente.
"Foi um tumulto. O interior da Câmara estava cheio de gente, os babões do prefeito, seguranças da vereadora Jaqueline, enquanto isso os representantes da cultura foram vetados de entrar e a oposição foi impedida de filmar os trabalhos", denunciou o vereador José Eudes (PTB), que se retirou da sessão em protesto.
Segundo o parlamentar, em seu discurso na tribuna, até os assessores dos vereadores foram proibidos de estarem no plenário para que não fizessem gravações.
De acordo com a Câmara Municipal de Cabedelo, a mesa diretora apenas seguiu o protocolo e os representantes da cultura não tiveram direito de falar porque seus nomes não haviam sido mencionados no requerimento da vereadora autora da sessão especial.
A oposição, no entanto, garante que o artigo 84 do Regimento Interno da Câmara Municipal de Cabedelo assegura a participação da sociedade civil nas sessões especiais convocadas para debater assuntos de interesse público. “Foi tirado o direito da classe cultural se expressar. Nunca pensei passar por uma situação tão desagradável, mas sai muito mais fortalecida para lutar pelos problemas da nossa Cabedelo”, desabafou a vereadora Geusa Ribeiro, autora do requerimento que solicitou à sessão especial.
“A Câmara demonstrou na sessão da última terça como é frágil e desrespeitosa com o povo cabedelense já que praticamente todos os vereadores da base governista faltaram à sessão ordinária, que antecede à especial e poderia incluir os representantes culturais como oradores da sessão seguinte”, declarou a vereadora Fabiana Régis (PDT). “A sessão seguia e todos falavam em debater, mas como pode haver debate se apenas um lado quer se posicionar? Creio eu que buscamos melhorias para o nosso povo e para nossa cidade e não apenas a imposição da vontade de poucos em detrimento da maioria”, completou a vereadora.
Cabedelo vive de fato momentos quentes no cenário político e de grande tensão, principalmente pelas denúncias contra a gestão do prefeito Leto Viana e do processo que caminha para pedir a cassação do seu diploma conquistado nas eleições 2016.

Vamos aguardar as cenas dos próximos capítulos dessa novela emocionante que se tornou a política no município de Cabedelo!
Da Redação
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