Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) proíbe uso de Água Rabelo em todo o Brasil
Uma
resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), publicada no
Diário Oficial da União, no último dia 2, está proibindo a distribuição,
comercialização e uso de todos os lotes do fitoterápico Água Rabelo, fabricados
desde 2011 pelo Laboratório Rabelo, sediado em Cabedelo.
A
decisão se deu depois que uma inspeção, realizada em abril deste ano, constatou
que a fórmula dos produtos estava diferente daquela registrada na Anvisa. Para
o órgão, que cita o artigo 7º da Lei 6.360/1976, isso representa risco de
efeitos nocivos à saúde humana,
classificando a ação como de interesse sanitário. A Agência Estadual de
Vigilância Sanitária (Agevisa) disse estar emitindo alertas sanitários aos
órgãos municipais, para fiscalizar se a determinação está sendo cumprida.
A
resolução – de nº 2.736, de 31 de julho de 2013 – vale para todo o território
nacional e determina ainda o recolhimento do estoque de Água Rabelo existente
no mercado. A inspeção contou com a análise inicial de documentos referentes a
três lotes, que já apresentavam incongruência com o registro, e por uma
avaliação do produto pela Coordenação de Fitoterápicos e Dinamizados da Anvisa,
que igualmente confirmou a alteração.
O
diretor-geral da Agevisa-PB, Jailson Vilberto de Sousa e Silva, explicou que a
própria empresa é responsável de retirar os produtos do mercado e, caso
desobedeça, está sujeito a punições, que variam desde uma advertência e outras
sanções administrativas até uma multa. “Estamos emitindo, desde o dia da
publicação da Anvisa, alertas sanitários para todas as vigilâncias sanitárias
dos municípios, divulgando a resolução. Vamos continuar com as fiscalizações de
rotina”, afirmou.
Laboratório
promete volta ao mercado
O
diretor comercial do Laboratório Rabelo, Werner Braun, explicou que, há cerca
de 60 dias, a empresa recebeu a visita da Anvisa e foi informada de que
precisaria adequar algumas documentações, em função do tempo do produto. “Na
realidade, produtos antigos têm que se adequar à nova legislação da Anvisa, e
foi esse o ponto. Eles pediram que fosse feita uma espécie de atualização,
porque existe uma mutação na própria planta. Uma aroeira ou um eucalipto, por
exemplo, elas sofrem mutação para novas espécies. É justamente essa adequação
que estamos fazendo, de caráter documental”, disse, informando que já não há
mais produtos no mercado.
Werner
garantiu também que o Laboratório Rabelo vai entregar, até o dia 20 deste mês,
a documentação necessária, para que a Água Rabelo seja inspecionada novamente e
volte ao mercado a partir do dia 10 de setembro. O diretor assegurou, por fim,
que os consumidores não devem temer, porque, segundo ele, o recolhimento determinado
pela Anvisa é estritamente documental. “É importante saber que existem três
níveis de recolhimento. O nível 1 e 2 é porque o produto está com
inconformidade para o consumidor. O nível 3, que é o nosso, não tem nenhuma
inconformidade, é apenas documental. A Água Rabelo não oferece risco à saúde”,
enfatizou. O laboratório disponibiliza um telefone para dúvidas: 0800 281 3737.
Para que serve?
A
Água Rabelo é um medicamento fitoterápico composto, que apresenta como
componentes plantas medicinais como a aroeira, a hortelã e o eucalipto. Por
isso, segundo o laboratório que a fabrica, o medicamento é indicado para
inúmeros fins, entre eles os de uso externo ou tópico - cortes, ferimentos,
contusões, queimaduras, hemorróidas, aftas, doenças de pele, picadas de
insetos, acne, limpeza de pele, higiene da boca, nariz e garganta, gengivite,
amidalite, faringite, irritação da pele após barbear, inflamações uterinas -e
de uso interno ou oral - gases estomacais e intestinais, acidez estomacal,
enjôo, má digestão e cólicas intestinais.
Fonte: Correio
da Paraíba
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