OPERAÇÃO ESQUADRE: Entidades se posicionam sobre prisão de policiais civis acusados de participarem de grupo de extermínio na PB.


O Sindicado e a Associação dos Delegados da Polícia Civil da Paraíba divulgaram nota, assinada pelo presidente de ambas, Isaias Olegário, colocando a disposição dos delegados Edilson Araújo de Carvalho e Alberto Jorge Diniz a assessoria jurídica das entidades.
O delegado Fábio Pontes, vice presidente das entidades, disse que a princípio o advogado Cícero Lima constituído por Edilson e Alberto está acompanhando o desenrolar do inquérito instaurado pela Polícia Federal.
“Estamos prestando total apoio aos companheiros detidos e colocamos nossa assessoria jurídica a disposição deles’, disse Fábio Pontes. Para ele é precipitado qualquer julgamento dos companheiros. “Vamos aguardar que os advogados tenham acesso ao inquérito”, salientou. Os delegados Edilson Araújo e Alberto Jorge está presos no Centro de Educação da Polícia Militar, em Mangabeira.
Mesma posição tem a Associação dos Policiais Civil da Paraíba. O presidente da entidade, Sandro Bezerra, disse que esteve na noite dessa sexta-feira, 9, com os companheiros que estão recolhidos no 5º Batalhão da PM, no bairro do Valentina Figueiredo.
Sandro informou que está peticionando ao secretário Cláudio Lima a transferência dos seis agentes e um motorista policial para a Central de Polícia, pois, segundo ele, todos tem curso superior e a Lei Orgânica da Polícia Civil dá o direito a prisão especial e que sejam recolhidos a uma unidade da instituição, no caso a Central de Polícia.
O presidente da Adepol informou ter conversado com o delegado da Polícia Federal responsável pelas investigações e disse que somente na segunda-feira recebeu a garantia de ter acesso, por meio da assessoria jurídica do teor do inquérito policial. “Vamos aguardar para verificar a procedência das denúncias”, afirmou Sandro Bezerra.
Os nove policiais civis, entre delegados, agentes de investigação e o motorista foram presos na sexta-feira, 9, durante operação da Polícia Federal na Operação Squadre que teve o objetivo de investigar o envolvimento dos policiais, como também militares, funcionários do Detran e um empresário com grupo de extermínio, segurança clandestina, corrupção, roubos e extorsões.
Na operação da PF foram presas 31 pessoas, apreendidas armas e munições. Vários documentos e computadores foram levados a sede da Superintendência da Polícia Federal para análise.
Entenda o caso - A Operação Squadre da Polícia Federal prendeu 20 policiais militares e civis, entre eles um major da Polícia Militar e dois delegados da Polícia Civil. Eles estão entre as 31 pessoas detidas até o final da manhã desta sexta-feira (9).
De acordo com o delegado da PF Milton Rodrigues Neves, comandante da operação, o major é suspeito de chefiar uma das três milícias desmanteladas pela ação policial. Os delegados, por sua vez, agiam beneficiando integrantes ou pessoas indicadas pelas milícias mediante recebimento de propina.
Entre os policiais presos ainda há dois capitães, um sub-tenente, dois sargentos e cinco cabos da Polícia Militar, além de sete agentes da Polícia Civil. De acordo com a Polícia Federal, com os 31 suspeitos detidos foram apreendidas 16 armas clandestinas de vários calibres e uma grande quantidade de munição, incluindo munições de uso restrito.
O delegado comandante da operação explicou que os três grupos criminosos agiam de maneira independente, mas havia uma comunicação entre eles, principalmente no que dizia respeito à negociação de armas ilegais.
“Os grupos agiam de maneira própria, mas se comunicavam. A milícia que agia na prática de extermínio, negociava armas e munições com o a milícia que oferecia segurança particular clandestina, por exemplo. Os policiais de um dos grupos inclusive, fornecia armas para uma facção criminosa para que ocorresse confrontos com uma facção, que teve parte desarticulada pela Operação Esqueleto”, comentou.
Sobre a ação do major no comando de uma das milícias, Rodrigues Neves afirmou que o policial militar agia por meio de uma empresa de segurança de fachada, que oferecia o serviço de segurança particular. “Descobriu-se que a empresa tinha o número muito pequeno de funcionários para a quantidade de serviços oferecidos. Logo detectamos que policiais militares trabalhavam clandestinamente como seguranças particulares e que civis sem nenhuma licença portavam armas”, explicou. Ainda conforme apontaram as investigações, a empresa servia para lavagem de dinheiro e ocultação de bens.
Os dois delegados detidos não participavam ativamente de nenhuma das milícias, de acordo com Milton Rodrigues, embora tivessem ligações estreitas com integrantes. Em um dos casos, o delegado da PF comentou que a Polícia Militar apreendeu diversas vezes as mesmas máquinas caça-níqueis, que eram retidas e colocadas novamente nas ruas após pagamento de propina por parte dos proprietários ao delegado. Em outra situação, o outro delegado recebia uma quantia em dinheiro para fazer com que um inquérito contra alguém ligado a milícia fosse encerrado.
Todos os detidos na Operação Squadre foram levados para sede a Superintendência da Polícia Federal em Cabedelo, na Grande João Pessoa. De acordo com a Polícia Federal, além de João Pessoa, foram cumpridos mandados em Bayeux, Cabedelo, Santa Rita e Alhandra, na região metropolitana da capital; Mari, na Região da Mata Paraibana; Cajazeiras, no Sertão e outros dois no estado de Pernambuco, em Petrolina e Recife.
Fonte: G1-PB/Wscom/fotos: da internet
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