GREVE NA SAÚDE E EDUCAÇÃO DE CABEDELO






Servidores da Saúde e Educação estão em GREVE no município de Cabedelo. A decisão foi tomada em assembléia da categoria que aconteceu na tarde desta segunda-feira, 27 no Cabedelo Clube. Os professores e técnicos da rede municipal de ensino decidiram cruzar os braços a partir desta terça-feira, dia 28. A paralisação se dá em protesto pela falta de diálogo do prefeito José Régis com a Comissão de Negociação aprovada em assembléia. Segundo o coordenador do sindicato, Manoel Vieira, os profissionais de educação do município se reuniram em assembléia e, depois de avaliar a situação em que se encontra a educação em Cabedelo, decidiram criar uma comissão que está tentando abrir um canal de negociação com o prefeito desde o mês de maio, o que não ocorreu até o momento.
Diante da indiferença do chefe do executivo, os servidores da Secretaria de Educação do município decidiram pela paralisação nesta terça e quarta-feira. “A categoria decidiu por unanimidade realizar um movimento pacífico na manhã desta terça-feira e que vai durar dois dias”, informou Vieira. O sindicalista ainda esclareceu que caso o prefeito não se manifeste durante estes dois dias de paralisação, a categoria voltará a se reunir e poderá iniciar uma grave por tempo indeterminado.
Os profissionais estão reivindicando: A Implantação do Piso Salarial Nacional para os profissionais de educação efetivos e temporários; A Revogação do Decreto nº. 002/2009 e o retorno da carga horária do pessoal de apoio para turno corrido de seis horas diárias; O retorno dos 10% ao salário do pessoal de apoio ou tornar extensiva a todos servidores da Secretaria de Educação a gratificação de valorização do magistério; Concurso público urgente; Aceleração do processo eleitoral para gestor e gestor adjunto das escolas municipais; Criação da gratificação de insalubridade para merendeira; Reestruturação do Plano de Cargo Carreira e Remuneração do magistério, como determina a Lei do FUNDEB, além de melhorias nas condições de trabalho da categoria.
“É inadmissível o que está acontecendo, tem escolas em que em uma única sala, existem dois professores e duas turmas, todos juntos. Que educação é esta que estamos dando as crianças de Cabedelo?”, destacou Manoel Vieira, “Foram várias tentativas de diálogo, que só serviram para nos certificar de que, até agora, maior que o nosso esforço para dialogarmos, tem sido o descaso com que nós, servidores da educação, estamos sendo tratados”, concluiu.
A categoria estará se concentrando, a parir das 09:00hs desta terça-feira, 28, em frente do Cabedelo Clube e seguirá até a prefeitura em passeata.

O mesmo acontecerá com os servidores da saúde. A greve dos médicos do município foi deflagrada e a população está sem atendimento. Nesta segunda na entrada do hospital Padre Alfredo Barbosa, os pacientes informavam que os médicos estavam em greve e vários deles estavam retornando para casa sem receberem atendimento, apenas os pacientes em estado de urgência ou em estado grave estavam sendo atendidos. “É um absurdo, pelo amor de Deus, onde estão as autoridades de Cabedelo?” Bradava em tom de revolta uma paciente. “Estamos jogados aqui nessa cidade sem prefeito, sem vereadores e sem Lei”, reforçou um senhor de 58 anos que recorreu a o hospital acometido de uma virose.
De acordo com duas médicas que com medo de represálias não quiseram ser identificadas, a categoria não teve outra alternativa, já que desde o mês de abril tentam negociar com o prefeito mas este sequer se reúne com os médicos para conversar. “Nos reunimos com o Conselho Regional de Medicina e o Sindicato dos Médicos e fomos orientados a realizar greve”, explicou a médica. Segundo ela, os pacientes que chegam ao hospital, são atendidos pelos profissionais que depois de uma triagem, são atendidos apenas os considerados em estado de emergência ou urgência. Os médicos estão reivindicando melhoria salarial e melhores condições de trabalho. De acordo com um profissional, o salário dos médicos por um plantão de 12 horas não passa de R$ 300,00. “Os casos de urgência, trauma, pacientes que necessitem de UTI, são todos transferidos para João Pessoa, porque o hospital não tem condições de atendê-los, além da falta de leitos, a maternidade funciona com ressalvas, não temos UTI para adulto e por aí vai. O hospital Padre Alfredo Barbosa é um Posto de Saúde transformado em hospital. O município precisa crescer, ele está emperrado. A saúde precisa melhorar para as pessoas desta cidade”, desabafou a médica.
A reportagem tentou ouvir o prefeito de Cabedelo, José Régis, mas até o fechamento desta matéria, apesar das tentativas, o prefeito não havia sido localizado.

Reportagem de Wellington Costa.
Compartilhe este artigo :

Postar um comentário

Deixe seu comentário

Gostou do que leu? Comente. Compartilhe. Divulgue

 
Site: Cabedelo Na Rede : Click aqui Copyright © 2011. TV Periferia Cabedelo - Editado por Rhicardho
Proudly powered by Blogger