FESTIVAL JURANDY DO SAX – 3.000 EXECUÇÕESDO BOLERO DE RAVEL


Com direito a solenidade de abertura, a comemoração das 3.000 apresentações do Bolero de Ravel será nos dias 11 e 12 de julho de julho no Anfiteatro do Jacaré com a presença de várias autoridades. Após a recepção das autoridades e o cerimonial no dia 11, a partir das 15h o artista juntamente com outros como JP SAX, Ivanildo Sax de Ouro, Caio Mesquita, além de Bandas de Música farão apresentações no Anfiteatro construído pela Prefeitura, Jurandy fará sua apresentação habitual a bordo da sua canoa, indo ao encontro de JP SAX, em pleno Rio Paraíba e ao final haverá um show pirotécnico.
Semelhante execução será realizada no dia 12, só que desta vez com a participação de Caio Mesquita no Por do sol em Jacaré e a noite às 22h um cerimonial seguido de um baile com Jurandy do Sax, Ivanildo Sax de Ouro e Caio Mesquita no Jangada Clube. Um pouco da história do artista: a HISTÓRIA de Jurandy se confunde com a da cidade, por um misto de “magia” e bravura, pois, Cabedelo tem na sua bandeira o lema URBIS NESCIA VINCI – A CIDADE QUE NÃO SER VENCIDA e o músico que já foi recebido na França e está para integrar as celebridades que integrarão o Guiness Book tem perfil semelhante pela dedicação a execução diária de um Bolero que cruza oceanos para dizer ao mundo que em Cabedelo, pulsa corações quando o ocaso chega, com a saudação de Maurice Ravel na versão JS(Jurandy do Sax).
Cabedelo é famosa por suas manifestações folclóricas preservadas, além de ser sede do único porto do Estado. Aliás, as maiores e mais visitada atrações turísticas do Estado estão nesse “Pequeno Cabo de Areia”. Mas, na Praia do Jacaré, todos os dias o pôr do sol é embalado pelo “Bolero”, de Ravel. Roupa branca, Sax “em punho” e a bordo de uma pequena embarcação, Jurandy leva os turistas, visitantes e nativos ao “êxtase” quando a “esfera solar” se dirige ao seu “lugar” imaginário de “dormida”, enquanto mãos nervosas de emoção fixas ou “correndo de uma lado para o outro” tentam registrar o momento quando não apenas com os olhos , as filmadoras e câmeras sem quebrar o encanto da melodia, são manuseadas por milhares de seres humanos vindos de todas as partes deste planta chamado terra.

QUEM É JOSÉ JURANDY FÉLIZ O JURANDY DO SAX?

Todo o mundo, em Livramento, cidade do Cariri Paraibano, próxima à divisa com Pernambuco se surpreendia com o talento precoce, beirando à genialidade, do pequeno filho do conhecido Cabo João, Jurandy, que já aos nove anos emocionava a todos ao tocar clarinete, assimilando com perfeição ao ensinamento transmitido pelo maestro da Banda Municipal, Abel Simplício. João Félix da Silva, o popular cabo João, casado com dona Maria Anunciada da Silva, começou a perceber o fascínio do filho Jurandy pela música, desde quando chegou com a família a Livramento, vindo transferido de Água Branca, região de Princesa, cidade Natal de Jurandy e também de sua única irmã, Jaci. Por isso, ele sempre diz que se considera filho de duas cidades, Água Branca e Livramento. Logo que chegou a Livramento, com apenas cinco anos de idade, Jurandy já demonstrava seu fascínio pela música instrumental ao ver a Banda Municipal se apresentar, até que sua vontade e talento fossem percebidos pelo maestro.
Na capital paraibana passou a integrar a Banda de Musica Municipal, a famosa Banda 5 de Agosto (nome alusivo a data de fundação da cidade), regida, na época pelo maestro João Lopes. O concurso da Banda de Musica da Policia Militar do Estado da Paraíba, realizado no ano seguinte (1981) classificou Jurandy em primeiro lugar. Provavelmente, se naqueles anos, Jurandy tivesse se aventurado na carreira artístico-musical, teria alcançado grande sucesso. Todavia, devido às incertezas do meio artístico, e com a responsabilidade de sustentar a família, optou pela segurança do funcionalismo público-militar.
Chegando ao posto de segundo sargento músico na Banda da PM exerceu a função de primeiro clarinete solista, tocou sax tenor e participou do disco comemorativo do sesquicentenário da Policia Militar do Estado da Paraiba, gravando performances em clarinete, sax alto, sax soprano e sax tenor. Enquanto militar teve uma rápida passagem pela Orquestra Sinfônica Jovem do Estado da Paraíba, não podendo lá permanecer, ou mesmo integrar a grupo principal da Orquestra Sinfônica da Paraíba, devido à imposição legal da Polícia Militar ao exigir dedicação exclusiva de seu efetivo.
Um pouco por causa de tal impedimento, mas principalmente pelo fascínio da vida artística, Jurandy pediu baixa da corporação, em 1988, passando a integrar Orquestra de Frevos do Maestro Vilô, tendo a oportunidade gravar, com esse grupo, seis LPs (Long Plays). Foi tocando na Orquestra de Frevos que Jurandy teve a oportunidade participar doss célebres e concorridos carnavais do clube Cabo Branco, dividindo, inclusive, o palco com a concorridíssima Orquestra Tabajara do famoso Maestro Severino Araújo. Jurandy recorda com carinho as palavras de elogio que, mais de uma vez, recebeu do grande maestro Severino Araújo, pela suas performances e versatilidade. Também foi músico da Orquestra Tropical do Maestro Nino Araújo, como primeiro sax alto e ensaiador. Participando do primeiro seminário brasileiro de música instrumental realizado em Ouro Preto Minas Gerais, teve aulas com os renomados saxofonistas David Gang e Mauro Senise.
Sua vontade ferrenha de se qualificar continuamente o levou a conquistar, o seu diploma de bacharel em Música pela UFPB - Universidade Federal da Paraíba, com formação em clarinete. Da experiência acadêmica, obtida entre 1985 a 1991 Jurandy lembra com carinho e admiração dos professores, Maropo, Alberto Kaplan, Didier Guigue, Odair Salgueiro, Gerardo Parente, Clovis Pereira etc. além dos clarinetestas argentinos Carlos Riero e Santiago Aldana. O sonho de gravar seu primeiro disco solo foi satisfeito em 1992, ano em que Jurandy resolveu se assumir, definitivamente, como saxofonista. Com repertório que incluía composições de Milton Nascimento, Luiz Gonzaga, do próprio Jurandy e de vários compositores da terra, a produção foi intitulada SAXOMANÍACO, em homenagem a uma música do maestro Severino Araújo que também fez parte do LP. Jurandy optou por tal título no disco, “por ser um nome forte” e “a música exigir grande desempenho de seu executor”. Grande parte da tiragem de SAXOMANÍACO foi vendida entre as cidades de Jacareí e São José dos Campos, localizadas na região do Vale do Paraíba do estado de São Paulo, onde Jurandy pode contar com a colaboração de parentes e amigos, como também no Rio de Janeiro, graças ao apoio do amigo de infância, desde os tempos de Livramento Otacílio que, para Jurandy, é mais que um amigo, é um irmão daí porque no disco contem uma composição de Jurandy intitulada “Chorando pra Ota” apelido do mesmo.
Ao fazer o trabalho de divulgação do disco, Jurandy realizou shows naquelas cidades, sendo aplaudido por público e crítica. No Rio de Janeiro teve o privilégio de ser convidado para tocar ao vivo na Rádio Nacional no programa de Adelzon Alves, de grande audiência e bastante seletivo em relação aos músicos que lá se apresentavam. Nos últimos três anos é considerado o artista mais divulgado da Paraíba pela mídia regional, nacional e internacional, sendo responsável pelo produto turístico paraibano de maior sucesso, o pôr-do-sol do Jacaré com Jurandy do Sax tocando o Bolero de Ravel numa canoa que navega lentamente no Rio Paraíba, em frente aos restaurantes da praia do Jacaré. Jurandy tem quatro filhos do seu primeiro casamento com Maria do Socorro Félix, Micheline, Roberta, Jorge e Tassia, e cinco netos: Caio César, Mariá e Sofia, filhos de Roberta. e Artur e Julia filhos de Micheline. Atualmente está casado com Shirley Alencar de Melo.

Fontes: Secom Cabedelo
Matéria: Marcos Matias
Fotos: Daniell Mendes
Compartilhe este artigo :

Postar um comentário

Deixe seu comentário

Gostou do que leu? Comente. Compartilhe. Divulgue

 
Site: Cabedelo Na Rede : Click aqui Copyright © 2011. TV Periferia Cabedelo - Editado por Rhicardho
Proudly powered by Blogger