Lula se manifesta pela primeira vez sobre operação no Rio. Adotando tom cauteleso Lula evita embate direto com governador do Rio.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se manifestou na noite desta quarta-feira (29) pela primeira vez sobre a megaoperação contra o Comando Vermelho realizada no Rio de Janeiro há mais de 24 horas. 

Em nota, o petista adotou tom cauteloso, evitou críticas ao governador do estado, Cláudio Castro (PL), e cobrou “trabalho coordenado” contra as facções criminosas.

“Não podemos aceitar que o crime organizado continue destruindo famílias, oprimindo moradores e espalhando drogas e violência pelas cidades. Precisamos de um trabalho coordenado que atinja a espinha dorsal do tráfico sem colocar policiais, crianças e famílias inocentes em risco”, disse o chefe do Executivo.

A operação contra o CV foi a mais letal da história do Rio. 

Segundo o balanço mais recente, a ação resultou na prisão de 113 pessoas e na morte de pelo menos 119, entre elas quatro policiais. Lula não citou os agentes mortos no confronto com os criminosos.

O presidente destacou a Operação Carbono Oculto deflagrada pela Polícia Federal contra um esquema de fraudes e de lavagem de dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC) no setor de combustíveis.

"Foi exatamente o que fizemos em agosto na maior operação contra o crime organizado da história do país, que chegou ao coração financeiro de uma grande quadrilha envolvida em venda de drogas, adulteração de combustível e lavagem de dinheiro", disse.

Lula também defendeu a aprovação da PEC da Segurança Pública. Para o petista, a proposta do governo vai "garantir que as diferentes forças policiais atuem de maneira conjunta no enfrentamento às facções criminosas".

Diferentemente de Lula, seus ministros criticaram Castro pela operação. 

Após o governador reclamar de falta de apoio federal, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, afirmou que ele deveria “assumir as suas responsabilidades” ou “jogar a toalha” e pedir a implementação de uma Garantia da Lei e da Ordem (GLO) no estado.

Lewandowski disse não ter recebido um pedido de reforço do governo do Rio. 

Castro rebateu e afirmou que quem não quisesse "somar" com o estado deveria "sumir". 

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, também defendeu a aprovação da PEC de Segurança Pública.

“Com a aprovação da PEC da Segurança, que encaminhamos ao Congresso Nacional, vamos garantir que as diferentes forças policiais atuem de maneira conjunta no enfrentamento às facções criminosas.”

Fonte: Gazeta do Povo/Agência Brasil. 
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil. 
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