O Fantastico da Rede Globo denuncia irregularidades na merenda escolar tercerizada de João Pessoa.

O programa Fantástico da rede Globo, apresentou uma reportagem na noite deste domingo denunciando a má qualidade da merenda escolar em várias cidades do país e os indícios de fraudes em licitações para terceirização na distribuição da merenda. Entre as cidades visitadas pela reportagem global está a Capital Paraibana.
Em João Pessoa, a reportagem visitou duas escolas com 800 e 700 alunos e mostrou que nestas duas unidades a maioria dos alunos não conseguiu comer a merenda e jogavam no lixo. O transporte da merenda também foi denunciado pela reportagem. Um veículo sem refrigeração transportava carne para a escola num clima ambiente de mais de 30 graus.
O Fantástico também mostrou que a empresa SP Alimentação que venceu a licitação para fornecer a merenda na Capital é investigada por fraudes em licitações em várias cidades do país e que o Ministério Público da Paraíba ajuizou uma Ação Civil Pública contra o prefeito Luciano Agra (PSB) por ter ignorado a recomendação do MP de não renovar o contrato com a SP Alimentação.
A Prefeitura se defendeu alegando que a maioria dos alunos aprovam a merenda, que a maioria dos diretores também aprovam o cardápio elaborado pela SP e que o contrato com a empresa paulista foi elaborado dentro da lei.
Em um documento de 2010, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação apontou que os cardápios das escolas de João Pessoa não atendiam às necessidades de calorias e de alguns nutrientes. E, de acordo com o Ministério Público, ex-nutricionistas da SP Alimentação eram obrigadas a transportar alimentos em seus carros particulares, gerando grave risco de contaminação.
A equipe do Fantástico ficou quatro dias em João Pessoa. Em todos, foi registrado o desperdício de comida. Em um colégio, segundo o diretor, a merenda jogada fora daria para alimentar mais de cem crianças
Em janeiro, o Ministério Público recomendou à prefeitura que o contrato com a SP Alimentação não fosse prorrogado. Mas isso não aconteceu. A Secretaria de Educação de João Pessoa disse que a contratação da empresa foi acompanhada pelo Tribunal de Contas da União e que está dentro da lei.
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