Mansalão do Maranhão III: Tião Gomes e ameaçado e ser acionado no Conselho de Ética e desafia: “Se eu estiver errado renuncio meu mandato”

Para Domiciano do DEM, "Tião foi exagerado e CPI nesse momento é desnecessária" 

Em uma entrevista exclusiva ao portal PB Agora no final da tarde desta quarta-feira (23), o deputado estadual Tião Gomes (PSL) resolveu quebrar o silêncio e desabafou sobre os últimos acontecimentos referentes à denúncia da existência de um ‘Mensalão’ no Governo Maranhão III com a farra das gratificações faraônicas. O parlamentar que virou alvo da mídia após admitir que tinha a filha e a esposa entre os funcionários do Estado que recebiam gratificação acima de R$ 1 mil, sendo R$ 1,5 mil cada está agora sob a ameaça de colegas para ser acionado no Conselho de Ética da Casa. Vale salientar que tanto a filha do deputado Tião Gomes, quanto à esposa integra o quadro de servidores efetivos devidamente concursados. O fato é que depois da revelação, o parlamentar foi ao plenário da Casa e recebeu a informação (ainda extra-oficial) de que poderá ser acionado no Conselho de Ética para explicar a declaração e esclarecer a denúncia de que parentes de parlamentares da Assembleia estavam entre os beneficiados com gratificações de até R$ 13 mil. Ao tomar conhecimento da notícia, Tião surpreendeu e decidiu se antecipar à ameaça avisando que não tinha medo de ser acionado por ninguém. O parlamentar ainda garantiu que tudo o que falou tem veracidade. “Acredito que antes de se pensar em convocar Conselho de Ética, a Casa deveria convocar a CPI e investigar a veracidade dos dados divulgados pelo Secretário de Administração do Estado que revelou um cemitério remunerado, alem de estrangeiros que recebiam dinheiro do Governo. Eu não tenho medo do Conselho de Ética, pois se eu estiver errado, renuncio meu mandato”, desafiou.
O parlamentar também lamentou o fato de alguns setores da imprensa inverter a acusação, o colocando no ‘banco dos réus’. “Tive a coragem de admitir que tinha dois parentes recebendo a gratificação, pois todo o meu mandato primara pela verdade e pela honestidade. Nada mais correto que eu mesmo ser fiel aos  mais de 30 mil eleitores que me elegeram seus representantes”, destacou. Na ultima semana, em sessão movimentada na AL, o Secretário da Administração Estadual Gilberto Carneiro denunciou que pelo menos 200 pessoas recebiam gratificações faraônicas. Apesar de denunciar o fato, que foi devidamente respaldado pelo deputado Tião Gomes, o titular da pasta ainda não apresentou os nomes dos possíveis ‘beneficiados’ com as gratificações. O peemedebista Raniery Paulino chegou, inclusive, a ameaçar acionar judicialmente o Secretário para apresentar a lista com todos os nomes. Em meio à sabatina no Parlamento, o peemedebista chegou a exigir que o secretário trouxesse a público a quantidade e os nomes dos “marajás” que se beneficiavam do erário público.
Ele tem a obrigação cívica, administrativa e moral de fornecer os números e os nomes”, declarou Raniery, que disparou: “Essa atitude foi irresponsável”.
Ainda na Assembleia, Gilberto Carneiro garantiu que me breve estará divulgando os nomes dos parentes de políticos que se beneficiavam do dinheiro público sem sequer trabalhar. “Não se preocupe, deputado (Raniery), que os nomes deles em breve serão revelados”, assegurou Gilberto. Em seus bombásticos esclarecimentos, Carneiro afirmou, na ocasião, que os salários dos funcionários fantasmas chegavam a R$ 13 mil. Como se não bastasse à escandalosa prática, para ele também foi estarrecedor descobrir que o número de prestadores de serviço duplicou entre março de 2009 e dezembro de 2010. Apesar da confirmação do Secretario em divulgar os nomes, até agora o Governo e a Assembleia Legislativa não programaram uma nova sessão para a apresentação oficial das denúncias.
Já o deputado estadual Domiciano Cabral (DEM) disse nesta quarta feira (24) que o seu companheiro de parlamento, Tião Gomes (PSL), foi “exagerado”, ao denunciar existência de “mensalão” na Assembléia Legislativa. Tião Havia denunciado que parlamentares recebiam dinheiro do Governo do Estado para dividir com seus apadrinhados. O parlamentar disse que não tem nada contra a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar “gratificações” a deputados, mas salientou que “no momento seria desnecessária”, visto que secretários do Governo já adiantaram que em breve revelará os nomes dos envolvidos.  Ele disse ainda que seria “absurdo” se realmente as acusações tiverem procedência. Tô sentindo um cheirinho de corporativismo no ar (grifo nosso).

Aguinaldo Silva
Fonte:PB Agora 

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