Salário mínimo passa de R$ 678 para R$ 724 e Dieese destaca maior poder de compra desde 1979.
O
novo valor do mínimo deverá trazer um impacto de R$ 12,8 bilhões nas contas da Previdência
Social. Os benefícios pagos no valor de um salário correspondem a 48,7% do
montante repassado pela Previdência
O
novo valor do salário mínimo para 2014, que passa de R$ 678 para R$ 724 a
partir de 1º de janeiro, vai garantir o maior poder de compra desde 1979.
Segundo nota técnica do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos (Dieese), o reajuste de 6,78% no salário mínimo permitirá ao
trabalhador comprar o equivalente a 2,23 cestas básicas, a melhor marca já
registrada pela entidade. O novo valor também deverá injetar R$ 28,4 bilhões na
economia no próximo ano.
Para
o deputado Vicentinho (PT-SP), relator do projeto que instituiu a atual
política de valorização do salário mínimo, os números comprovam que o Brasil
está no rumo certo. Esses números demonstram que o governo brasileiro valoriza
a parcela da população que ganha menos em nosso País. Também fico alegre ao
perceber que estávamos certos, governo, Bancada do PT e a base aliada, quando
apostamos na aprovação de uma nova política de valorização do mínimo,
destacou.
Em
2011, Vicentinho foi relator do PL 12.382/11, do Executivo, que fixou o valor
do salário mínimo em 2011 e estabeleceu diretrizes para a política de
valorização do piso nacional entre 2012 e 2015. A época, a proposta foi
criticada pela oposição que a acusava de ser lesiva aos interesses dos
trabalhadores. A lei de valorização do mínimo estabelece que o reajuste deva
ter como base o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do ano anterior,
mais a variação do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes.
O
aumento de R$ 46 garante uma média melhor que o recorde anterior, de 2012,
quando o mínimo conseguia comprar 2,13 cestas básicas, é mais que o dobro da
média registrada em 1995, de 1,02, e representa um avanço de 61% no poder de
compra desde 2003.
Impacto
- O novo valor do mínimo deverá trazer um impacto de R$ 12,8 bilhões nas contas
da Previdência Social. Os benefícios pagos no valor de um salário correspondem
a 48,7% do montante repassado pela Previdência. No total, 69,% dos
beneficiários ou 21,4 milhões de pessoas recebem um salário mínimo.
Por
outro lado, deve haver ainda, de acordo com o estudo, um incremento de R$ 13,9
bilhões na arrecadação tributária nos tributos sobre consumo.
Agencia JusBrasil
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