Lucas Santino comparece a audiência da CPI, alega desconhecer a denuncia e o processo e invoca o direito de permanecer calado
"Entrou mudo e saiu calado" diziam meia
dúzia de presentes a sessão da CPI da Câmara de Cabedelo que apura
irregularidades na administração passada da Mesa Diretora, referindo-se ao depoimento
do ex-presidente daquele poder Lucas Santino, principal investigado pela CPI.
Alegando desconhecer o teor das acusações que lhes
são atribuídas pela CPI e denunciando que não recebeu a exordial, Lucas Santino
invocou o sagrado direito de permanecer calado por entender que teve seu direito
a ampla defesa prejudicado e cerceado. "Não recebi copia do processo e nem
posso saber quais são as acusação que me fazem. Assim sendo, não poderei
responder as perguntas da comissão pois não sei de que me acusam e nem li o
processo para promover minha defesa" Disse Lucas a comissão.
O presidente da CPI, o também advogado vereador
Antonio do Vale - PRP, nada pode fazer e apenas encerrou a oitiva do
ex-parlamentar gestor, o advertindo de que o mesmo poderia ser novamente convocado
para outros esclarecimentos e deu por encerrado o seu depoimento.
Segundo os críticos da CPI, a mesma sofre de 'inanição',
pois não consegue juntar dez pessoas interessadas e acompanhar as audiências, não
dispõe de uma assessoria de imprensa capaz de mobilizar o acompanhamento das
sessões, elaborar os releases e alimentar a imprensa com a divulgação de tudo
que acontece nas audiências públicas da CPI.
A informação é que a CPI não tem tido força si quer
para ouvir um servidor que se nega a atender a convocação e isso vem desmoralizando a comissão que está
desacreditada e talvez seja mais uma pizza parlamentar como aconteceu com a CPI
que apurou irregularidades na gestão do então presidente Edem Dantas, nos anos
90.
Texto:
Aguinaldo Silva
Foto:
Internet
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