Termina em bate-boca e agressões a sessão especial que deveria debater a situação dos servidores em Cabedelo
Terminou em tumulto e agressões a sessão especial
da Câmara Municipal de Cabedelo, convocada pelo vereador Eudes e realizada no
último dia 27 de agosto, para discutir os problemas vivenciados pelos
servidores municipais da cidade.
A sessão foi marcada por um embate entre
partidários do prefeito Leto Viana (Leia-se comissionados convocados para
comparecer no local) e representantes do sindicato e da oposição cabedelense. O
detalhe foi a presença do deputado Anísio Maia, convidado pelo vereador Eudes
Santos (PP), desafeto do prefeito na cidade. Durante os debates, houve bate
boca entre Leto e o deputado Anísio Maia e a sessão descambou para um grande
tumulto o que obrigou o Presidente Lucas Santino a encerrar a mesma antes da
conclusão dos trabalhos.
Em entrevista nas rádios da capital, o deputado
Anísio e o vereador Eudes acusaram o prefeito de truculência, enquanto Leto
questionou a abordagem que o parlamentar do PT fez de sua gestão, num ambiente
estranho ao seu trabalho: “Ele devia questionar o aumento de 1% dado pelo
governador (Ricardo Coutinho), seu aliado.” Enfatizou Leto.
Sindicalistas apresentaram uma lista de 40 servidores
que, supostamente, estariam recebendo salários de R$ 10.000,00 (dez mil reais) e
alguns sem prestarem serviços no município. A lista foi rechaçada pela gestão e
o acirramento foi inevitável.
Falando por último, o Prefeito Leto ironizou e
desqualificou os discursos e intervenções dos oradores que os antecederam,
entre eles, Marcos Patricio que teria indagado para onde estava indo o dinheiro
do município. “É por isso que você não passa de 2.000 (dois mil) votos em
Cabedelo”, respondeu Leto a Patrício.
Anísio Maia provocou o Prefeito sugerindo a exoneração
dos cargos comissionados de R$ 10 mil por mês, denunciados pelos sindicalistas
e que, juntos, levam um milhão mensalmente dos cofres da prefeitura. Furioso e
visivelmente descontrolado, Leto começou agredir verbalmente todo mundo como se
fosse o dono daquela casa legislativa, onde já teve seis mandatos. E, demonstrando
total falta de equilíbrio, o mesmo mandou o deputado Anísio (PT) e o Presidente
da Casa, Vereador Lucas Santino (PHS) se calarem, o que gerou o encerramento da
sessão e o inicio do tumulto.
Ainda de acordo com o deputado e o vereador Eudes,
o secretário de comunicação Fabricio Magno, em vez de pacificar contribuiu
ainda mais para o acirramento do tumulto, partindo para cima do deputado na tentativa
de agredi-lo. Aí começou a baixaria no plenário da casa com bate boca,
empurra-empurra, gritos, agressões e insultos de ambos os lados. A segurança
foi acionada e a sessão encerrada sem resultado algum.
“O prefeito não respeita ninguém na cidade e tão
pouco o contraditório, são grandes as barbaridades cometidas pela gestão e o
gestor que a administra como se fosse uma bodega”, declarou o vereador Eudes. Os
servidores da prefeitura de Cabedelo e sindicalistas saíram revoltados,
indignados e escoltados por seguranças temendo retaliações por parte dos
seguidores integrantes da claque mantadas pelos comissionados do prefeito.
Já o deputado estadual Anísio Maia prometeu
denunciar a gestão e os desmandos de ‘Leto Viana’ na tribuna da Assembleia Legislativa
da Paraíba. E os vereadores de oposição vão levar mais uma dezena de denúncias
ao ministério público “para que sejam tomadas as devidas providencias contra a
gestão que até agora os recursos só fazem entra nos cofres da cidade e ninguém
sabe o destino para aonde estão indo, a não ser o prefeito e sua família”
finalizou Eudes de Souza.
Secretário
nega agressão – Acusado de agressão e tentativa de intimidação, o
secretário Fabrício Magno (Comunicação), negou que tenha tentado agredir o
deputado Anísio, como afirmou o vereador Eudes na imprensa e nas redes sociais:
“Eu fui em direção ao prefeito na tribuna e o segurança da Câmara me impediu de
forma truculenta de fazer o meu trabalho, que é assessorar o prefeito. Em
momento algum me dirigi ao deputado Anísio Maia, tampouco tentei agredi-lo. As
imagens são bem claras quanto a isso”, afirmou Fabrício.
A Prefeitura,
através da Secom divulgou nota rebatendo as acusações de agressividade por
parte do prefeito Leto. Confira nota na íntegra:
“A Secretaria
de Comunicação de Cabedelo (Secom) vem a público esclarecer alguns fatos que
teriam ocorrido durante sessão especial na Câmara de Vereadores de Cabedelo na
noite da última quinta-feira (27). Cabe-nos informar que nenhum integrante da
gestão municipal agrediu ou faltou com respeito a parlamentares ou população
presente à sessão do parlamento municipal.
O prefeito do
município, Leto Viana, foi convidado a participar de uma sessão especial na
Câmara de Vereadores para debater a situação dos servidores públicos municipais.
Antes do início dos trabalhos, o vereador Eudes Santos (PP), tentou impedir o
acesso da equipe de jornalistas da Secom e de outros veículos à Casa do Povo
para cumprir a sua função de cobrir os atos da gestão.
Foi o
vereador Lucas Santino (PHS), presidente da Casa, quem liberou a presença dos
jornalistas. Essa já foi uma tentativa clara de calar a imprensa e impedir que
a população tivesse conhecimento do que iria acontecer.
Também
compareceu ao debate o deputado estadual Anísio Maia (PT), que aproveitou o
espaço para tumultuar o debate com intervenções e provocações. Nem mesmo a fala
do prefeito e dos secretários da gestão municipal foi respeitada. Entendemos
que aquele é um espaço para que sejam travados debates, mas sem desrespeitar ou
cercear o direito a fala de nenhum dos participantes.
Leto Viana
tentou levar as explicações, mas foi impedido por um movimento orquestrado
pelos parlamentares. Toda essa situação gerou um princípio de tumulto, fazendo
com o que o presidente da Câmara desse por encerrada a sessão. Em momento
algum, como foi divulgado pelo vereador Eudes, o secretário de Comunicação,
Fabrício Magno, agrediu o deputado Anísio Maia. Na verdade, o secretário foi
empurrado pelo segurança da Casa ao tentar ir ao encontro do prefeito, que usava
a tribuna.
Acreditamos
no diálogo como única forma de se solucionar impasses. Não cerceamos o direito
a voz de quem quer que seja e estamos dispostos sempre a levar informações e
explicações, pois isso faz parte da nossa gestão, que tem como princípio
fundamental a prestação de contas e a transparência. Mesmo com esse incidente
não deixaremos de cumprir o nosso papel e de irmos à Câmara quantas vezes
formos convidados, pois temos respeito àquele poder e ao povo de Cabedelo.”
Afirma a Nota da Secom – Cabedelo.
Edição de
Texto: Aguinaldo Silva com apoio de Lamartine do Vale, do Paraíba Urgente.
Fotos:
Aguinaldo Silva e Internet
Vídeos:
Aguinaldo Silva e Redes Sociais.
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