Lava Jato: Planilhas entregues por delatores mostram datas dos repasses feitos a Cássio
A imprensa teve acesso nesta
terça-feira (18), a detalhes da petição elaborada pela Procuradoria-Geral da
República para justificar o pedido de instauração de inquérito para investigar
o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), acusado de ter recebido R$ 800 mil da
construtora Odebrecht durante a campanha eleitoral de 2014, por meio de caixa
2. A instauração do inquérito foi
solicitada pelo procurador Rodrigo Janot com base nas delações do ex-executivos
da Odebrecht, Alexandre José Lopes Barradas e Fernando Luiz Ayres da Cunha
Santos Reis.
“De acordo com estes
colaboradores, em meados de 2014, entre os meses de março e setembro, na cidade
de Brasília (DF), o Senador Cássio Cunha Lima solicitou R$ 800.000,00
(oitocentos mil reais) da Odebrecht Ambiental, via intermediário de suposto
nome ‘Luís’, ainda não completamente identificado. O pedido foi autorizado
pelos executivos daquela empresa”, argumenta Janot.
“Alexandre Barradas, com prévia
autorização de Fernando Reis, afirma ter negociado e pago o valor de R$
800.000,00 (oitocentos mil reais) ao Senador e então candidato ao governo do
Estado da Paraíba Cássio Cunha Lima, esperando futura contrapartida em obra de
saneamento a ser realizada naquele Estado”, acrescenta o procurador-geral da
República.
Na petição, Rodrigo Janot
sustenta que ficou comprovado, através de planilhas entregues pelos delatores,
que o senador Cássio Cunha Lima recebeu os R$ 800 mil em duas parcelas de R$
400 mil, sendo a primeira entregue no dia 22 de maio de 2014 e a segunda no dia
04 de setembro do mesmo ano.
“Afirma ainda Fernando Reis que,
para a realização do pagamento, pediu a Eduardo Barbosa, pessoa de sua
confiança e que desconhecia o beneficiário e a motivação do pagamento, que o
ajudasse a atender ao pleito de Alexandre Barradas. Por fim, registra ainda
que, para esse pagamento, foram adotados os codinomes de ‘Trovador’ (R$ 400
mil) e ‘Prosador’ (R$ 400 mil), ocorrendo a entrega dos valores a um preposto
do senador, cuja identidade o colaborador desconhece, em um hotel em Brasília”,
enfatiza o procurador, que arremata: “as planilhas constantes dos Anexos 6A e
6B (TC n2 6 de Alexandre Barradas),2 retiradas do Sistema “Drousys” de
pagamento de propina da Odebrecht, demonstram a veracidade das declarações do
colaborador”.
Fonte: paraibaja.com.br
Veja abaixo planilhas entregue
pelos delatores comprovando o primeiro repasse a Cássio
Postar um comentário
Deixe seu comentário